O Journal of Health Informatics publicou em sua primeira edição de 2020, o artigo intitulado “Modelagem de um sistema para o telemonitoramento de idosos com condição crônica baseado em biotelemetria”. O mesmo descreve os resultados de uma pesquisa aplicada apoiada pelo programa PIPE FAPESP. A proposta do projeto foi o desenvolvimento de uma plataforma de biotelemetria baseada em mHealth, tecnologia vestível e (analytics que fosse capaz de realizar o Cuidado Híbrido com o objetivo de atuar na detecção dos pontos de intervenção ou níveis de aplicação das medidas preventivas do processo de saúde-doença do idoso com condição crônica [1].
O Cuidado Híbrido é a junção de atividades envolvendo o cuidado digital que pode estar relacionado a um processo automático ou não, onde inclusive se faz uso de equipamentos eletrônicos para medição e comunicação com o objetivo de prover um acompanhamento do usuário em apoio ao cuidado físico (presença física do profissional de saúde). No processo do Cuidado Híbrido, o cuidado digital atua como extensão do atendimento físico presencial. Neste caso, um é complementar ao outro, não importando a proporção do uso de cada um na jornada do cuidado do individuo assistido.
Buscou-se encontrar meios de identificar situações fora de um padrão de normalidade já pré-definida que poderiam estar causando algum tipo de risco ao bem-estar do idoso crônico, como também, aumentar o seu engajamento diante de um tratamento médico. Esse idoso é acompanhado a distância por meio de um dispositivo, no caso um smartwatch ou mesmo smartphone, que se comunica com medidores de forma automatizada (bluetooth) ou manual (imagem digital da medida no display do dispositivo) e com um sistema de cloud computing via sistema 3/4G ou Wi-Fi. Esses medidores são capazes de medir informações fisiológicas, como por exemplo, para hipertensão arterial e diabetes.
Foram modelados protocolos operacionais para nortear os parâmetros das medições e dar suporte ao autocuidado, além de aumentar a sensação de segurança desses idosos. Como consequência direta, houve melhora nos desfechos dos tratamentos inclusive diminuindo a quantidade de idas ao pronto-socorro e de internações hospitalares, além de evitar a realização de exames médicos desnecessários.