terça-feira, janeiro 14, 2025
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Hospital em casa ganha espaço como alternativa ao modelo tradicional de internação

por Redação
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“Os hospitais como conhecemos hoje acabarão sendo extintos”. Essa frase escrita pelo cardiologista, cientista e autor americano Eric Topol em seu livro “The Patient Will See You Now” mostra como a tendência veio para ficar. A proposta dos intitulados Hospital at Home (“hospital em casa” em inglês) é fugir do modelo padrão de hospitalização, oferecendo a possibilidade de tratar o paciente no conforto do seu lar.

O hospital domiciliar se mostra cada vez mais seguro, trazendo um atendimento mais humanizado e de qualidade para pacientes com doenças crônicas, agudas, condições especiais ou idosos. Baseado em telemedicina, redes de dados, dispositivos médicos, sensores, registros digitais e inteligência artificial, o modelo que traz inovações e o cuidado com pacientes de forma remota já é tendência no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Aqui no Brasil, a estratégia começou a ser implementada através de prefeituras e governos que proporcionaram consultas por telemedicina. Mas isso ainda está longe de ser realidade em todo o país. Ao identificar essa lacuna no mercado, o Grupo Acolher e Cuidar se destaca, pois no momento em que a família mais precisa, é realizado serviço de atendimento em seu domicílio, evitando sempre que possível uma internação hospitalar, levando em conta o critério de tratamento médico.

É muito mais do que telemedicina 

Muitos podem cair no erro de acreditar que o Hospital at Home envolve apenas consultas online e resolução de atendimentos a problemas de saúde mais simples. Os serviços oferecidos variam entre monitoramento à distância, verificação de sinais vitais, aplicação de antibióticos intravenosos ou orais para pacientes com infecções agudas e cuidados paliativos para pacientes no fim da vida, além de vários exames possíveis graças a evolução das tecnologias e da medicina.

“Os hospitais domiciliares são muito mais do que apenas uma extensão do cuidado hospitalar. O modelo veio para fazer uma ruptura com hospitais tradicionais, proporcionando maior qualidade de vida e bem-estar para os pacientes. Nesse modelo, é possível tratar o paciente de forma mais humanizada em um momento em que ele precisa de muita atenção e carinho”, explica Estevan Oliveira, CEO do Grupo Acolher e Cuidar.

Redução da superlotação em hospitais convencionais

Um dos principais problemas relacionados aos hospitais brasileiros é a superlotação, causada pela escassez de serviços e de leitos, além de uma gestão insuficiente dos processos assistenciais. A situação se agravou durante a pandemia, período em que uma pequena parcela da população conseguiu receber os cuidados em casa.

Esses problemas não estão presentes apenas no Brasil. Uma pesquisa publicada pelo American College of Emergency Physicians apontou que 44% dos pacientes americanos passaram por longas esperas nos serviços de urgência, sendo que desses, 16% esperaram 13 horas ou mais antes de serem internados ou transferidos.

Tudo isso mostra como os hospitais em casa podem ser eficazes para reduzir a lotação dos hospitais convencionais, trazendo mais conforto e segurança para os usuários. “Ao permitir que os pacientes recebam os cuidados de casa, estamos contribuindo para desafogar os hospitais, já que haverá menos leitos ocupados que serão destinados para casos mais urgentes”, conta Estevan.

Benefícios 

O atendimento hospitalar domiciliar é melhor que o convencional, pois propicia que o paciente receba os cuidados na sua casa. O processo de alta é mais tranquilo, já que a equipe de saúde ensina os pacientes a se cuidar, proporcionando uma transição de cuidados e tratamento que seja eficiente e tranquila, evitando retornos que muitas vezes não são necessários em internação hospitalar.

Além disso, a qualidade de vida e o bem-estar propiciados por esse modelo são uma vantagem. O paciente é tratado de forma mais humanizada e exclusiva, melhorando sua qualidade de vida e bem-estar, que são indispensáveis para a realização de um tratamento bem sucedido.

“Os hospitais em casa se mostram cada vez mais eficazes, com mais segurança e alta qualidade. Os tratamentos promovem comodidade para os pacientes, que conseguem se recuperar com mais facilidade, evitando retornos a consultas médicas, por exemplo”, explica Estevan.

O futuro dos hospitais domiciliares 

Rafael Almeida de Oliveira é geriatra e possui uma unidade do grupo Acolher e Cuidar em Brasília. Para ele, o modelo traz menos prejuízos para a saúde do paciente, mas o pronto socorro e a internação hospitalar são insubstituíveis em alguns casos.

“A decisão de manter o paciente em casa, acontece após a análise de diversos aspectos, especialmente do quadro agudo apresentado no cenário de suas doenças crônicas e funcionalidade basal do paciente. Se estamos falando de um paciente que tenha diagnóstico de demência, temos dados que descrevem que a chance do paciente evoluir para um quadro de delírio (piora da confusão mental) na internação hospitalar, é muito maior. Nesse quadro de delírio, diversas outras complicações podem ocorrer e piorar ainda mais a experiência hospitalar e consequentemente a saúde física, mental e emocional do paciente”, explica o médico.

Embora seja inovador, esse modelo ainda apresenta muitos desafios. O médico assistente muitas vezes tem uma responsabilidade ainda maior, que inclui a decisão de manter o paciente em casa e estar seguro de que as medidas sugeridas serão feitas, seguindo o acompanhamento para avaliar a resposta do tratamento estipulado.

“Não é simples ter de forma urgente um serviço de suporte e assistência complementar ao paciente em casa. A estrutura por trás desse serviço não é exatamente a ‘receita da coca cola’, mas montar essa estrutura é trabalhosa e tem um custo. Essa matemática tem que fechar”, conta Rafael.

O médico enxerga o futuro dos hospitais at home com bons olhos. Em muitos casos, planos de saúde gastam muito dinheiro para tratar casos mais simples, que poderiam ser tratados a domicílio, com custos reduzidos. A tendência é que tratamentos mais leves sejam feitos em casa, causando redução de custos com as assistências médicas.

“Acredito que planos de saúde farão essa assistência. Além de bons resultados clínicos, o custo é muito mais baixo. Isso poderia inclusive levar à redução dos valores de planos de saúde. Já vemos relatos de que as internações hospitalares serão para pacientes de UTI (casos mais graves) e casos mais simples serão assistidos em regime de internação domiciliar. Obviamente não é simples assim, mas acredito que em casos selecionados, de acordo com a estrutura que conseguirem montar em uma determinada cidade, região ou bairro, isso será feito”, esclarece o geriatra.

Diferenciais da Acolher e Cuidar 

A equipe do grupo é composta por profissionais altamente qualificados, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e diversas outras áreas de atuação. São oferecidos os serviços de atendimento domiciliar, cuidador de pessoas, cuidados paliativos, internação domiciliar, locação de equipamentos, oxigenoterapia, tratamento com medicamentos endovenosos, como por exemplo antibióticos e hidratação venosa, tratamento de feridas, dentre outros tratamentos com estrutura e segurança.

“O principal diferencial dos nossos serviços em relação aos que já existem no mercado é que atuamos no momento em que o paciente mais precisa, junto com a equipe médica que assiste o paciente, o que traz ainda mais segurança para a família. O serviço que prestamos evita deslocamento para o hospital, filas, contato com doenças respiratórias que poderiam ocorrer em contato com outros pacientes. A grande maioria dos tratamentos ocorre no conforto da sua residência em atendimentos de baixa, média e alta complexidade com profissionais altamente treinados”, finaliza o CEO do grupo.

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