Embora muitas empresas tenham adotado medidas para cuidar da saúde mental de seus colaboradores, ainda há uma lacuna significativa entre o que é oferecido e o que é necessário: 34% das pessoas sentem que as organizações em que trabalham não adotam nenhuma prática voltada neste sentido, e 36% não enxergam eficácia nos programas de saúde mental implementados por suas companhias. É o que mostra o estudo “Saúde Mental em Foco: Desafios e Perspectivas dos Trabalhadores Brasileiros – Edição 2024”, realizado pela Vittude, referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas, em parceria com Opinion Box. A análise tem como objetivo monitorar de perto o estado da saúde mental dos trabalhadores brasileiros, oferecendo um olhar atento sobre suas necessidades, percepções e desafios.
Entre as ações adotadas, 24% das empresas promovem palestras, webinares e eventos sobre o tema, enquanto 23% possuem políticas claras de combate à discriminação e assédio e oferecem treinamentos sobre saúde mental e segurança psicológica. Além disso, 22% das companhias têm equipes de saúde e bem-estar à disposição dos colaboradores. No entanto, apenas 17% oferecem sessões de terapia pelo plano de saúde, e apenas 9% subsidiam as consultas integralmente.
“Esses números mostram que, embora algumas organizações tenham começado a implementar ações voltadas para a saúde mental, muitas ainda estão longe de fornecer o suporte necessário aos seus colaboradores. Em tempos de mudanças regulatórias que moldarão o futuro corporativo, como a Lei 14831/24 e a atualização da NR-1, que estabeleceram diretrizes que visam a proteção da saúde mental e a promoção da segurança psicológica nos locais de trabalho, as que se adaptarem rapidamente não apenas estarão em conformidade legal, mas também colherão os benefícios de um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo”, pontua Tatiana Pimenta, CEO e cofundadora da Vittude.