A Biomm, empresa pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil, apresentou receita líquida de R$ 102,9 milhões entre janeiro e setembro de 2024 contra R$ 98,2 milhões no mesmo período do ano passado. O incremento de 5% se deve, principalmente, ao aumento do volume de vendas no período.
No lucro bruto, a companhia teve aumento de 4% entre janeiro e setembro de 2024, atingindo R$ 20,8 milhões, ante a R$ 19,9 milhões no mesmo período de 2023.
“Com o início da operação da nossa unidade em Nova Lima, em Minas Gerais, e com o aumento na participação de mercado na franquia de diabetes e incremento do volume de vendas nos primeiros nove meses de 2024, a companhia segue comprometida com a ampliação do acesso da população a tratamentos avançados, principalmente por meio da produção local de insulina”, explica Heraldo Marchezini, CEO, CFO e diretor de Relações com Investidores da Biomm.
Considerando o 3T24, a presença e participação da Biomm no mercado biofarmacêutico brasileiro demonstra importantes ganhos de market share e evolução no segmento de diabetes e trombose.
No segmento de diabetes, a insulina Glargilin apresentou crescimento acima do mercado e passou a representar 27,5% do market share de insulina glargina no 3T24, crescimento de 50,1% em comparação com o mesmo período de 2023, alavancado pelo mercado privado (97,3%) e pelo mercado público (44,8%).
Em relação à insulina humana, o biomedicamento Wosulin teve incremento de 225,4% no 3T24 ante o mesmo período de 2023, em virtude do abastecimento do SUS e das entregas ao Ministério da Saúde, o que representou um aumento de 428%.
O biomedicamento Ghemaxan, da área de trombose, apresentou redução de 47% no volume de vendas entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com os nove primeiros meses de 2023. No consolidado do 3T24, houve crescimento de 43,5% da marca Ghemaxan no mercado privado, com ganho de 1,2% de market share no período, quando comparado ao 3T23.
As despesas gerais e administrativas somadas com despesas de vendas e outras despesas consolidadas totalizaram R$ 77,7 milhões entre janeiro e setembro de 2024, 5% acima ao registrado no mesmo período de 2023 (R$ 73,7 milhões).
O EBITDA consolidado foi negativo em R$ 47,2 milhões nos primeiros noves meses de 2024 (negativo em R$ 45,3 milhões no mesmo período de 2023), com um ligeiro aumento devido a gastos ainda pré-operacionais incorridos no mesmo semestre do ano de 2024. Já no 3T24, o EBITDA foi negativo em R$ 15,1 milhões (negativo de R$ 17,1 milhões no 3T23). A melhoria do EBITDA no 3T24, em relação ao mesmo período do ano anterior, deve-se, principalmente, à redução de despesas da companhia e início da operação industrial.
Ao final do 3T24, o montante a pagar da dívida até o fim do ano é de R$ 7 milhões. A companhia segue na gestão contínua do fluxo de caixa e perfil de endividamento, atenta às necessidades de financiamento das atividades
Parcerias estratégicas para expansão do acesso
Em setembro deste ano, a Biomm venceu o pregão realizado pelo Ministério da Saúde para fornecimento de 3,3 milhões de unidades de insulina glargina ao órgão. Trata-se do primeiro pregão deste tipo de insulina no país, ampliando o acesso dos pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A Biomm celebrou, também em setembro, acordo com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), a Wockhardt e a Gerais, Comércio e Importação de Materiais e Equipamentos Médicos, uma parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de insulina humana no Brasil para atender 50% da demanda anual do medicamento pelo Ministério da Saúde. Este programa visa reduzir a vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da produção de medicamentos no país e beneficiará milhares de pacientes do sistema público de saúde.
Contribuição para o tratamento de doenças metabólicas
Vale lembrar que este ano, a companhia assinou um protocolo de intenções com a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) para desenvolverem um programa de mútua cooperação voltado para plataformas produtivas de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas.
A iniciativa visa fortalecer o Complexo Econômico e Industrial da Saúde e promover maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o SUS, com base nos princípios de reciprocidade e benefício mútuo.
A Biomm também fechou, neste ano, outros contratos para expansão do portfólio para licenciamento e distribuição de biomedicamentos para tratamento de diabetes e controle do peso em pessoas com obesidade ou sobrepeso. Os acordos foram assinados com Biocon, para comercialização de semaglutida, e com a Kexing Biopharm, para distribuição da liraglutida, ambas ainda estão sujeitas à aprovação do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, à publicação do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos – CMED e ao término da patente; e com a Huisheng Biopharmaceutical, para comercialização da insulina degludeca.