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Recife e Maceió recebem centro de telemedicina

por Redação
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Duas unidades de telemedicina foram inauguradas nesta terça-feira, 15, em hospitais de ensino do Recife e Maceió. Equipamentos para teleconferência e uma conexão de qualidade serão usados para auxiliar no diagnóstico, tratamento e treinamento de profissionais no interior, mas, para isso, os estados precisam investir em estruturas mínimas nos municípios a serem atendidos.

As unidades são parte da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), um projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. No total, são 128 unidades em todos os estados do país e no Distrito Federal, contando com as duas instalações inauguradas hoje. No Recife, o Hospital da Restauração Governador Paulo Guerra foi o contemplado. Em Maceió, a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas vai receber a nova unidade.

De acordo com o coordenador nacional da Rute, Luiz Ary Messina, a rede ajuda na assistência remota de pacientes, no apoio aos médicos de áreas remotas e do interior, que precisam de uma segunda opinião e recebem orientação dos hospitais de referência, além da educação à distância. “Com as tecnologias da informação e da comunicação, os profissionais mais capacitados dos centros de referência vão poder ter uma atuação muito mais adequada às situações do dia a dia”.

Foram instalados nesses hospitais uma conexão por fibra ótica, inclusive para realização de videoconferências com pesquisadores e profissionais do resto do país. A expectativa da coordenadora do recém-inaugurado núcleo do Hospital da Restauração, Fátima Buarque, é principalmente ampliar a troca de conhecimento com as unidades de saúde do interior de Pernambuco.

“Que a gente passe a ajudar os colegas do interior sobre politrauma, por exemplo. Como conduzir, como cuidar, sem necessariamente trazer os pacientes para o Recife. A proposta principal é reduzir a demanda de necessidades básicas, simples, que [o tratamento] deixa de ser dado no interior por causa da falta de conhecimento”, afirma.

Tecnologia

Mas para que essa rede, de fato, ajude o interior desses estados é preciso, segundo Messina, que exista uma conexão. “A maioria das instituições de saúde ainda não têm uma conexão muito adequada. E tem que ter profissional qualificado, tanto pessoal de informática como engenheiros para melhorar essa parte técnica. Essas são as preocupações maiores”, diz.

Para o coordenador, é necessário ainda que os próprios profissionais de saúde sejam preparados para lidar com as novas tecnologias e que os centros de saúde menores tenham os equipamentos digitais que auxiliam na troca de informações. “Na ponta, a unidade de saúde tem que ter um eletrocardiógrafo digital, um equipamento de ultrassonografia. Esses sinais podem ser transmitidos para um hospital de referência. Câmeras para tirar fotos de ferida, por exemplo, para receber uma segunda opinião”, cita.

A Rede Universitária de Telemedicina presta consultoria técnica para que os estados criem projetos para captar recursos a fim de melhorar essas conexões. A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco informou que possui o Núcleo Estadual de Telessaúde com 23 pontos de videoconferência distribuídos em todo o Estado: 12 em gerências regionais de saúde, três na sede da secretaria, seis em hospitais da Região Metropolitana do Recife, um ponto na Escola de Saúde Pública de Pernambuco e outro no Colegiado de Secretários Municipais de Saúde de Pernambuco.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que, até 2018, todas as unidades Básicas de Saúde do país estarão informatizadas. Segundo ele, cerca de 15 mil unidades de saúde já são informatizadas e a previsão é que mais 27 mil sejam incluídas na lista até o final do ano que vem.

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