quinta-feira, novembro 21, 2024
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Inovação ajuda na detecção de câncer de mama em regiões remotas

por Redação
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Com uso da telerradiologia e de um método de compressão pioneiro capaz de transmitir imagens até satélites de baixa órbita, healthtech de Porto Alegre MedPlace, conseguiu quebrar barreiras tanto de distâncias, como de conectividade. O Projeto Amazonas, que tem sido conduzido pela empresa, atua na promoção da saúde de mulheres que vivem nas comunidades ribeirinhas.

No cenário da saúde da mulher, outubro tornou-se um mês especial, marcado pela campanha do Outubro Rosa, uma mobilização global que visa conscientizar sobre a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Entre as ferramentas mais fundamentais nesse processo está a mamografia, um exame que desempenha um papel central no rastreamento dessa neoplasia maligna.

A mamografia, como sabemos, é uma técnica de imagem que utiliza raios-x de baixa dose para criar imagens detalhadas das mamas, identificando lesões suspeitas mesmo antes de se tornarem palpáveis. Esse exame é considerado uma ferramenta fundamental no rastreamento de câncer de mama, possibilitando a detecção precoce de lesões suspeitas e, assim, aumentando significativamente as chances de um tratamento bem-sucedido.

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Instituto Nacional do Câncer recomendam a realização da mamografia anualmente a partir dos 40 anos, ou até mesmo antes, dependendo do histórico familiar e outros fatores de risco. Segundo a SBM, uma das mais extensas pesquisas sobre mamografia já realizadas, publicado no periódico especializado Radiology, o exame de mamografia em mulheres acima dos 40 anos consegue reduzir em até 30% o número de mortes provocadas pelo câncer de mama.

Mas mesmo diante da grande importância, muitas mulheres ainda não têm acesso a  médicos radiologistas e a esses exames de imagem de uma forma rápida, eficiente, segura. Afinal, o Brasil é um país continental e com a distribuição da população desigual, estando mais concentrada em grandes centros urbanos. Algumas populações, devido aos desafios de acesso, acabam ficando mais isoladas. É o caso das populações ribeirinhas do norte do país, que ainda enfrentam desafios significativos devido à dificuldade de acesso à internet nesses municípios.

Foi exatamente tentando solucionar esse desafio, quebrar barreiras de acesso e levar diagnósticos de qualidade a essas pessoas, que foi criado  pela Med.Place o Projeto Amazonas, que faz parte do ecossistema de tecnologias da Salux Technology, que desenvolveu uma plataforma de telerradiologia com foco em atender especialmente à Saúde da mulher e disponibilizar laudos de mamografia, com agilidade e acessibilidade. A conexão ocorre em um ambiente integrado, intuitivo e repleto de funcionalidades para proporcionar a melhor experiência possível. A plataforma oferece um suporte para os profissionais de saúde e pacientes, ajudando inclusive a solucionar um desafio importante em muitas localidades: a disponibilidade de profissionais especializados, a qualquer tempo.

 

“A Med.Place surgiu com um propósito simples, mas muito poderoso: encurtar as distâncias entre médicos e exames de imagem, garantindo um acesso rápido e seguro para profissionais de saúde e instituições médicas. Esse tipo de tecnologia é especialmente crucial quando se trata de mamografias e o diagnóstico do câncer de mama, que tem o tempo como um fator determinante para o sucesso do tratamento”,  explica Jader Antunes, CEO da Med.Place.

Considerando que a visualização e o laudo dos exames de imagem, muitas vezes, ocorrem através da internet convencional, via fibra óptica, por exemplo, e nessas regiões ainda existem dificuldades concretas para implementação de qualidade dessa infraestrutura devido à geografia local, foi preciso criar uma alternativa.

Um método de compressão inédito no mercado, desenvolvido por especialistas, dribla a falta de conectividade e permite que as imagens viajem longas distâncias e alcancem rapidamente satélites de baixa órbita (em inglês, Low Earth Orbit ou LEO). Esses satélites funcionam como uma ponte que possibilita a conexão entre os médicos e as imagens radiológicas, sem perda de qualidade, mesmo em ambientes com dificuldade de acesso à internet nos meios convencionais. Inúmeros testes foram realizados, sempre visando levar os radiologistas para mais próximo do Amazonas, sem precisar que eles saiam de casa.

“Esse é apenas um dos mecanismos inteligentes que implementamos para garantir que não apenas a população ribeirinha do Amazonas, mas todos em situação semelhante, pudessem sempre contar com laudos de radiologistas qualificados, recebendo resultados em tempo recorde e assim proporcionando uma saúde sem barreiras. Estamos honrados em contribuir com a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades e buscamos, constantemente, democratizar o acesso aos serviços de saúde”, reforça Antunes.

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