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Cartão de TODOS supera barreira digital no uso de telemedicina junto a classes C e D

por Redação
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Logo que foi implantada no Brasil em 2019, em meio a polêmicas e tabus, a telemedicina foi revogada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), duas semanas depois de sua divulgação. Focada na facilitação oferecida pela tecnologia e nas oportunidades de criar diferentes canais de atendimento para pacientes, desde então, a rede de clínicas AmorSaúde, parceira e vinculada ao Cartão de TODOS, tem estudado essa alternativa e vem desenvolvendo um ecossistema próprio voltado às consultas via teleatendimento. De acordo com o Ícaro Vilar, CEO da rede AmorSaúde e vice-presidente internacional e de operações do Cartão de TODOS, a adoção da telemedicina já estava prevista junto à rede mesmo antes do cenário de pandemia. Mas foi de fato o advento da Covid-19, que levou a liberação por parte do CFM desse sistema de atendimento no Brasil, o motivo deflagrador que acelerou a implantação dessa tecnologia para consultas junto às clínicas.

Ainda assim, mesmo com a disponibilidade e a popularização do sistema de teleatendimento para consultas médicas de média e baixa complexidade recentemente, as clínicas AmorSaúde precisaram lidar nesse período com outro problema entre os usuários de sua rede: a falta de familiaridade com a tecnologia e a chamada barreira digital. Esse motivo é o maior responsável pelo número de atendimentos via telemedicina ainda estar aquém do esperado perto das 930 mil consultas presenciais realizadas ao mês nas 266 unidades da rede espalhadas por todo o Brasil.

Em vista dos desafios, a rede AmorSaúde tem tentado lançar mão de propostas para inserir seu público nesse novo modelo de atendimento. Entre as medidas tomadas está a migração de sua operação para um novo software, que torna a consulta mais intuitiva e acessível. Outra implementação em curso é a unificação de agendas entre todas as clínicas do território nacional, aproveitando as lacunas dos médicos para o aumento de oferta de horários aos pacientes pelo sistema digital. Isso tem criado um curioso intercâmbio de atendimento entre médicos e pacientes de diferentes – e, na maioria das vezes, bem distantes – partes do território nacional, sem prejuízo financeiro para a clínica à qual o profissional está vinculado e permitindo o correto direcionamento do paciente para consulta ou exame presencial na unidade mais próxima, quando necessário.

Clínica digital

A rede AmorSaúde também estuda formatar uma configuração de operação exclusivamente on-line, com a criação até o início do próximo ano de sua primeira clínica 100% digital, que contará com médicos contratados para atenderem apenas via telemedicina, recebendo para tanto treinamento específico. Com isso, a AmorSaúde espera expandir as especialidades de atendimento no modelo virtual, que hoje está muito concentrada em consultas de baixa complexidade e complementares, como dermatologia, psicologia e nutrição.

Embora nem todas as especialidades sejam passíveis de atendimento por videochamada, a rede AmorSaúde planeja oferecer no próximo ano grande parte delas por esse sistema. Outra expectativa é envolver públicos de idade mais avançada, que geralmente apresentam mais resistência e dificuldades em estar inseridos em inovações tecnológicas. Historicamente, este também é um grupo mais acostumado a procurar presencialmente as unidades de atendimento do sistema público para sanar questões de saúde, comportamento a ser superado. “O perfil do público para a maioria dos atendimentos via telemedicina pela AmorSaúde é de jovens de até 30 anos. Estamos focados em criar campanhas e ações para superar os fatores culturais entre os pacientes de maior idade das classes C e D em relação ao atendimento por videochamada”, explica Vilar.

O CEO da AmorSaúde acredita ainda numa forte tendência para o futuro de que a telemedicina passe a ser adotada com naturalidade no pós-pandemia e que as clínicas físicas atuem mais como centros de exames, procedimentos e diagnósticos. Outra vantagem apontada por Ícaro Vilar é a capilaridade permitida por meio da telemedicina, fazendo assim com que os serviços do Cartão de TODOS cheguem até cidades menores, onde as unidades físicas não atuam devido à restrição de profissionais especializados da área de saúde no local, especialmente de médicos. Dessa forma, a telemedicina permitirá que habitantes de pequenas cidades tenham também um atendimento de qualidade e acesso a especialistas, pelo mesmo preço bastante justo praticado dentro da rede criada pelo cartão de desconto.

Tendo sido ainda uma opção para profissionais da saúde pertencentes ao grupo de risco que precisaram se afastar do atendimento presencial em vista da pandemia, assim como uma proteção aos pacientes nas mesmas condições, a implantação da telemedicina na rede AmorSaúde será usada como legado, transformando a experiência vivida em vantagem competitiva. Em conformidade com as futuras diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), a rede espera tornar a telemedicina em um benefício a ser escalado. “Com o aprendizado que tivemos, projetamos uma expansão ainda maior do Cartão de TODOS para locais onde não prevíamos chegar, democratizando nossa marca e dando ainda mais acesso para a população aos nossos serviços”, finaliza Vilar.

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