Responsável por 48% do comércio farmacêutico do Centro-Oeste do Brasil, de acordo com dados da IQVIA, empresa referência em análises para o setor da saúde, o associativismo do segmento se torna uma tendência para as empresas independentes no País – um mercado que cresce de 3% a 4% ao ano. No Mato Grosso (MT) e no Mato Grosso do Sul (MS), por exemplo, o número de unidades neste formato quase se iguala às farmácias independentes. Segundo dados da Santa Cruz Distribuidoras de remédios, o associativismo nesses estados representa 40% do todo. Em Goiás (GO) e Distrito Federal (DF), a representatividade é menor (24%), mas com tendência de aumento para os próximos anos.
Um exemplo disto é a expansão da rede gaúcha Farmácias Associadas, que começou pelo Centro-Oeste seu processo de nacionalização em 2018 e hoje tem 33% de suas lojas na região. Atualmente, o grupo concentra mais de 500 lojas entre MT, MS e GO/DF. A principal ferramenta de competitividade oferecida pelo associativismo é a compra coletiva, que pelo volume consegue barganhar preços e prazos com a indústria farmacêutica e a distribuição.
Os números demonstram que o associativismo é um modelo capaz de congregar as farmácias independentes, garantindo que elas tenham condições de competir com as grandes redes. A Farmácias Associadas tem expectativa fechar o ano de 2024 com um total de vendas de R$ 2,2 bilhões – desse total, a região Centro-Oeste representa cerca de 25%.
“Nosso objetivo com a expansão para o centro-oeste foi tornar a Rede maior e mais robusta, para que possamos negociar melhores condições com a indústria e a distribuição. Quanto mais farmácias aderirem ao nosso projeto, mais competitivos seremos”, afirma o vice-presidente Ricardo Silveira, também responsável pela área comercial da Rede.
Previsão de R$ 100 mi de faturamento
Diante deste cenário, para a 17ª edição da sua Convenção e Feira de Negócios, que será realizada entre os dias 16 e 20 de outubro, em Gramado (RS), a Rede Farmácias Associadas prepara um setor exclusivo para as negociações com os empresários da região, que por questões de tributação, nem sempre conseguem as mesmas condições que os associados do Rio Grande do Sul. Pensando no volume de vendas exclusivo para este nicho, distribuidoras já prepararam um portfólio de ofertas e operações logísticas exclusivas.
Com previsão de faturamento em R$100 milhões, o evento deste ano contará com mais de 60 expositores, somando mais de 3,8 mil participantes. Na comemoração de seus 25 anos, o tema será “Superamos juntos. Crescemos unidos”, com foco na superação do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio.