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PROADI-SUS, parceria entre o MS e seis hospitais filantrópicos, completa 15 anos

por Redação
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Ao menos 5.6 milhões de pessoas já foram impactadas diretamente por um dos 750 projetos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), parceria entre o Ministério da Saúde e seis hospitais filantrópicos (BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Israelita Albert Einstein, Hcor, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês), que completa 15 anos de existência. Alguns dos resultados advindos dessa parceria foram a redução de filas para atendimento e maior cobertura de serviços médicos em território nacional; preparação e atualização de profissionais; melhoria de fluxos de trabalho e até a adoção do suporte de inteligência artificial, que passou a auxiliar na gestão de hospitais e unidades de saúde, trazendo redução de custos e melhorando processos internos, por exemplo.

O PROADI-SUS promove compartilhamento e construção de conhecimento entre os sistemas público e privado de saúde, respeitando a diversidade e especificidades regionais. Isso permitiu que nesses 15 anos, mais de 580 mil profissionais da saúde passassem por capacitação e intercâmbio de boas práticas para oferecer atendimento qualificado à população e melhorar a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS) à demanda crescente.

No período, envolveu em projetos de pesquisas de interesse público mais de 400 mil participantes, o que permitiu gerar conhecimentos que trouxeram ganhos e aprendizados para as duas frentes. “Ao combinar a expertise das esferas pública e privada, o PROADI-SUS colhe aprimoramentos que não se limitam às estatísticas. Todo o sistema é favorecido diretamente por meio de tratamentos e protocolos atualizados e mais eficientes, além de promover uma abordagem integral à saúde da população”, diz Vânia Bezerra, Diretora de Compromisso Social do Hospital Sírio-Libanês e representante do PROADI-SUS.

De acordo com Vânia, esses 15 anos refletem o compromisso contínuo em buscar a excelência na prestação de serviços de saúde, em conformidade com os princípios do SUS de equidade, universalidade e integralidade. Outro ponto crucial é reforçar o cuidado ao paciente ainda na atenção primária, o que é decisivo para evitar complicações que agravem seu estado de saúde, superlotações e até desperdícios.

O que é o PROADI-SUS?

Criado em 2009, os projetos do PROADI-SUS são realizados em ciclos de duração de três anos. Suas iniciativas são demandadas pelo Ministério da Saúde, aprovadas por um comitê tripartite composto pelo Ministério, Conselho dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), e realizadas por hospitais filantrópicos que apresentam o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área da Saúde (CEBAS). Os hospitais celebram um Termo de Ajuste com Ministério da Saúde, que assegura os recursos financeiros, que são dos próprios hospitais, para a execução dos projetos.

A cada triênio, os hospitais recebem as prioridades indicadas pelo Ministério da Saúde e ficam responsáveis por aplicar seus recursos em projetos voltadas à capacitação de profissionais, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, apoio à gestão e assistência de alta complexidade.

Os investimentos feitos no programa são equivalentes ao valor da imunidade fiscal de alguns tributos (PIS, COFINS e Cota Patronal do INSS) à qual os hospitais têm direito, por serem filantrópicos. Periodicamente, eles prestam contas da execução físico-financeiras dos projetos e são auditados pelo Ministério da Saúde, auditorias independentes contratadas e órgãos públicos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU).

Aonde chega o PROADI-SUS?

O PROADI-SUS está presente nos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, e em mais de 5 mil municípios. Seu impacto pode ser comprovado por meio de diferentes resultados.

Com os programas de telemedicina TeleNordeste e TeleAMEs – que, em três anos, já realizaram mais de 30 mil e 150 mil atendimentos, respectivamente, em diferentes especialidades médicas, como neurologia, cardiologia e pediatria – as populações do norte, centro-oeste e nordeste que vivem afastadas dos grandes centros urbanos têm acesso a consultas com especialistas dos hospitais PROADI-SUS e, por vezes, têm seu caso resolvido já na Atenção Primária.

Refletindo o avanço que houve na área de transplantes no país, os projetos voltados aos transplantes de órgãos, como o Programa de Transplantes, do Einstein, e o Transplantar, do Hospital Sírio Libanês, possibilitaram a capacitação de mais de 6 mil profissionais e, nestes 15 anos, a realização de mais de 4 mil transplantes de rim, fígado, coração, pulmão e multivisceral no SUS, em diversas regiões do país. Além deles, também existe o Mais TMO, da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo, que tem como objetivo continuar a qualificação do programa de transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) no país.

Tema em alta, a transformação digital é outro território explorado dentro do PROADI-SUS. Para apoiar a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028 (ESD28), formulada pelo Ministério da Saúde, o projeto DIAna cria infraestrutura para que haja troca de informações dentro da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e até com outros setores para que, no futuro, esses dados possam ser usados na formulação de políticas públicas ou outras demandas.

Também existem projetos colaborativos, como o Saúde em Nossas Mãos, que envolve todos os seis hospitais. A iniciativa busca reduzir, em médio prazo, a incidência dos principais indicadores de infecção relacionada à assistência à saúde, além de disseminar o modelo de melhoria para outras unidades e hospitais, bem como demonstrar o impacto financeiro com a prevenção das infecções. Só neste triênio, 188 hospitais participaram, 6.191 Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) foram evitadas e 2.535 vidas foram salvas, gerando uma economia de mais de R$ 360 milhões.

Para além dos projetos mencionados, há estudos importantes como o liderado pelo Hospital Moinhos de Vento, o STOP-HPV, que traz dados preliminares sobre como o papilomavírus humano (HPV) está cada vez mais relacionado ao desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço.

Além disso, o programa já conta, também, com iniciativas que estudam o uso de terapias celulares para o tratamento de cânceres hematológicos, como as com células CAR-T, e terapia gênica para a anemia falciforme. Os projetos, realizados pelo Einstein, possibilitam o acesso de pacientes do SUS a essas novas tecnologias, que vem se mostrando promissoras para um tratamento mais personalizado e efetivo.

“Em um cenário dinâmico da saúde, os projetos do PROADI-SUS são concebidos para serem mais do que soluções momentâneas; eles são uma resposta às tendências em constante evolução. Buscamos não apenas acompanhar, mas antecipar as necessidades, incorporando inovação e tecnologia para assegurar que estejamos na vanguarda. Cada projeto é uma expressão do compromisso do programa em transformar desafios em oportunidades, proporcionando um SUS alinhado com as tendências globais e apto a enfrentar os desafios do futuro”, finaliza Vania.

Sobre o PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes.

Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil.

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