sexta-feira, setembro 20, 2024
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Como healthtechs têm diminuído a carga de trabalho de profissionais de saúde

por Redação
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Diante de um cenário no qual os profissionais de saúde são submetidos a demandas crescentes e constante pressão, a tecnologia torna-se uma aliada essencial na preservação da saúde mental. No Brasil, aproximadamente, 30% dos trabalhadores sofrem da Síndrome de Burnout, conforme dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

A situação é geral, mas quando especificada por área de trabalho, fica ainda mais evidente: uma pesquisa recente da Afya revelou que 33,5% dos médicos brasileiros têm diagnóstico de ansiedade; 22,1% enfrentam depressão; 6,7% foram clinicados com Síndrome de Burnout e 27,2% apresentam sintomas dessa condição, mas não recebem acompanhamento adequado. Quando falamos de enfermagem, um estudo sobre a prevalência e fatores associados ao esgotamento de enfermeiros nos EUA, indica que 25% a 40% desses profissionais enfrentam níveis significativos de burnout, sendo o problema mais prevalente em locais de alta demanda, como UTIs e unidades de emergência.

A urgência de soluções que aliviem o estresse no ambiente hospitalar é evidente. Inclusive, em média, a cada 8 chamados de enfermagem, 10 não estão relacionados a questões assistenciais, o que acaba sobrecarregando a equipe de enfermagem, segundo dados internos da Quality24, healthtech que oferece soluções de apoio à gestão hospitalar de forma integrada.

Nesse cenário, em um ambiente onde a rotina é marcada por longas jornadas, alta carga emocional e pressão por decisões rápidas e precisas, especialmente, em meio à escassez de recursos e ao aumento da complexidade dos casos atendidos, como em hospitais, a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa. Isso para mitigar efeitos de jornadas exaustivas, oferecendo soluções que vão além da automação de tarefas.

No Brasil, há plataformas que ajudam desde a gestão de recursos humanos até sistemas que monitoram a carga de trabalho, fornecem suporte à decisão ou automatizam a operação não assistencial, possibilitando a mecanização de tarefas e processos do dia a dia, permitindo focar no que, realmente, importa: cuidar de pessoas. Tudo isso permite aumentar a capacidade de atendimento e produtividade de organizações do setor, ampliando a receita de programas de saúde em fontes pagadoras e também em prestadores.

A inovação tecnológica está começando a transformar a maneira como os hospitais operam e cuidam de seus profissionais. Um exemplo é a solução da Quality24, que, por meio de sua plataforma, combate às ineficiências operacionais de um ambiente hospitalar e faz a gestão de áreas como higienização, manutenção, rouparia, nutrição, hotelaria, etc. O sistema também ajuda a aliviar a sobrecarga dos enfermeiros, garantindo que tarefas não-assistenciais sejam direcionadas diretamente aos profissionais corretos, sem a necessidade de intermediação.

“Ao integrar nossas soluções nos processos hospitalares, conseguimos reduzir em 70% o tempo de atendimento às solicitações de pacientes e poupamos mais de 40 mil horas de trabalho das equipes de enfermagem, anualmente. Isso se traduz em uma melhora significativa na eficiência geral: redução de 35% no número de detratores (NPS), 65% no tempo de liberação de leitos e 12% no tempo de permanência de pacientes internados. Além disso, conseguimos uma redução de 34% nos custos com hora extra e de 33% no tempo de setup de salas cirúrgicas, impactando positivamente o dia a dia de mais de 200 mil pacientes que passaram por nossa plataforma nos últimos 24 meses”, conta Fabio Napchan, CEO da Quality24.

A importância de eliminar os gargalos tecnológicos no setor de saúde é reforçada por uma pesquisa realizada pelo Research Center da Afya (2022), chamada “Saúde Mental do Médico”. O estudo revela que 62% dos médicos brasileiros têm ou já tiveram sintomas de burnout ou foram diagnosticados com o distúrbio. Os principais fatores apontados pelos médicos para esses sintomas incluem excesso de horas de trabalho (47%), questões salariais (32,6%), falta de realização profissional (30,6%) e excesso de tarefas burocráticas (27%).

Outra startup inovadora que tem impulsionado esse mercado é a Nilo, que possibilita que empresas de saúde, como hospitais, operadoras, clínicas e laboratórios, proporcionem um acompanhamento contínuo para seus pacientes, ao mesmo tempo, em que facilita a rotina das equipes de saúde.

Com as automatizações que a plataforma possibilita realizar, é possível reduzir drasticamente as tarefas e processos manuais, o que não só diminui atividades repetitivas e cansativas para as equipes de cuidado, mas também permite que os profissionais tenham mais tempo para se dedicarem aos atendimentos. Dessa forma, eles podem concentrar seus esforços em oferecer um cuidado mais humano e centrado no paciente.

“Para que os profissionais da saúde ganhem mais visibilidade e  melhorem suas interações com os pacientes, a nossa tecnologia atua de maneira efetiva na experiência do usuário, direcionando os melhores tratamentos para doenças que exigem um acompanhamento mais específico”, destaca Isadora Kimura, Fundadora e CEO da Nilo.

Atuando como uma plataforma integrável, a solução concentra dados de diversas fontes, facilitando os processos de captação e fidelização de pacientes, tornando a coordenação de cuidado e navegação digital mais eficiente e proporcionando insights aplicáveis, que também auxiliam os profissionais de saúde no acompanhamento e na realização de intervenções necessárias, contribuindo para melhores desfechos clínicos.

O resultado é bom para todos: as instituições ganham um aumento considerável na produtividade e na capacidade de atendimento, além da redução de custo dos programas de saúde. Os pacientes recebem um atendimento mais individualizado e têm acesso à sua equipe de saúde com mais facilidade. E os profissionais de saúde finalmente podem dedicar a maior parte do seu tempo para oferecerem um cuidado ainda mais adequado e personalizado, automatizando as tarefas maçantes e exaustivas para terem mais tempo de qualidade com atividades de alto valor agregado para o paciente – o que tornará a rotina desses profissionais mais leve e eficiente.

À medida que a tecnologia continua a avançar, sua aplicação na área da saúde torna-se cada vez mais crucial para o bem-estar dos profissionais. As inovações que automatizam processos e oferecem suporte à decisão ou facilitam o dia a dia desses profissionais  são fundamentais para aliviar a sobrecarga, proporcionando um ambiente de trabalho mais saudável e sustentável. No contexto do Setembro Amarelo, é vital reconhecer a importância dessas ferramentas na preservação da saúde mental dos profissionais que estão na linha de frente do cuidado, garantindo que eles possam continuar a desempenhar seu papel vital na sociedade.

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