O trabalho “Adesão à implantação de práticas assistenciais seguras em hospitais públicos do Brasil”, apresentado pelo Hospital Moinhos de Vento, recebeu menção honrosa no Prêmio Júlia Lima, organizado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (SBIBAE). O ensaio apresentou os resultados obtidos pelo projeto Paciente Seguro, do Ministério da Saúde, liderado pelo Moinhos por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).
Mais de 440 trabalhos foram inscritos na premiação, que ocorreu entre os dias 9 e 11 de julho no 9º Fórum Latino-Americano de Qualidade e Segurança na Saúde, em São Paulo. A iniciativa – liderada pelo Moinhos – se destacou por ter capacitado mais de 9 mil profissionais em sete anos de projeto, usando como base os protocolos de Segurança do Paciente: higiene de mãos, identificação, quedas, cirurgia segura, lesão por pressão e dispensação correta de medicamentos.
“Todas as ações deste projeto têm como foco colocar o paciente no centro do cuidado, por meio de uma abordagem que qualifica e integra a assistência. Os resultados foram muito positivos nos 96 hospitais públicos que se envolveram diretamente com essa iniciativa”, comenta Daniela Cristina dos Santos, coordenadora do escritório de projetos do Proadi-SUS do Hospital Moinhos de Vento.
Paciente Seguro
A proposta iniciou em novembro de 2016, integrando uma das frentes de ação do Programa Nacional de Segurança do Paciente, instituído em 2013 pelo governo federal. O projeto é realizado por meio de consultoria do Hospital Moinhos de Vento, com metodologias de compartilhamento de experiências, capacitações de profissionais de saúde e estratégias de monitoramento sobre os riscos que o paciente está exposto no âmbito hospitalar. Os encontros são presenciais com acompanhamento remoto das equipes.
A iniciativa foi dividida por triênios e, no último, de 2021-2023, foram desenvolvidos 201 projetos de melhoria em 36 hospitais públicos, que resultaram na redução de 78% das quedas no âmbito hospitalar e de 70% na dispensação de medicamentos com erro – além do aumento em 41% da adesão à higiene de mãos e em 1.131% na adesão à Lista de Verificação de Cirurgia Segura (LVCS).
“Esses números impactam diretamente a qualidade do atendimento recebido pelo paciente e a rotina das equipes. As medidas de segurança promovem um ambiente seguro para todos os envolvidos na assistência: profissionais, pacientes e familiares”, destaca Daniela Cristina Santos, que já foi líder do Paciente Seguro.