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48% dos profissionais com menos de 30 anos correm mais risco de sofrer com burnout, diz pesquisa

por Redação
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Jornadas de trabalho exaustivas, muita pressão e demandas cada vez maiores têm causado um esgotamento físico, emocional e mental em diversos profissionais, que nem sempre conseguem identificar esses sintomas como uma doença ocupacional que tem se tornado cada vez mais comum: a síndrome de burnout.

Com um ritmo cada vez mais acelerado e com a cultura de trabalho que exige cada vez mais dos trabalhadores, que acumulam horas extras, reuniões, projetos, e menos dias de descanso, relaxamento e lazer, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de países com mais casos da doença, perdendo apenas para o Japão, conforme relatório da International Stress Management Association (Isma-BR – 2021). Segundo o levantamento feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), no mesmo ano, um em cada quatro brasileiros sofre com a síndrome de burnout.

Diante deste cenário frenético, dados do Construindo e liderando equipes de alto desempenho confirmam que profissionais exaustos apresentam uma probabilidade três vezes maior de ir em busca de novas oportunidades no período de um ano. Além disso, têm duas vezes mais chance de se sentirem desconectados dos valores da empresa, dos líderes e gestores. “Sem saúde mental, física e emocional, não existe produtividade, bons resultados e crescimento. Precisamos olhar para nossa equipe além dos números e desempenho”, afirma Ricardo Triana, diretor executivo de Project Management Institute América Latina (PMI), a principal associação global que prepara organizações e indivíduos para trabalharem de forma mais inteligente e agregarem valor através de projetos.

Burnout em números 

Outro ponto que chama a atenção na pesquisa do PMI é que o risco de burnout não é distribuído igualmente entre os colaboradores. As mulheres têm uma taxa de esgotamento de 46%, enquanto os homens têm uma taxa de esgotamento de 37%. “Além das responsabilidades no trabalho, as mulheres ainda têm uma carga de trabalho em casa muito maior do que os homens. Com essa jornada dupla, ou até tripla, eventualmente, corpo e mente respondem com exaustão, o que pode evoluir para problemas mais graves”, alerta Ricardo.

Em relação à faixa etária, a pesquisa mostra que 48% dos indivíduos com menos de 30 anos correm maior risco de burnout, em comparação com 40% daqueles com 30 anos ou mais. Isso porque a geração x está mais conectada e ainda consome muito conteúdo e vive de forma mais conectada que as gerações anteriores.

Principais causas

Entre as principais causas para o crescimento da síndrome de burnout no local de trabalho estão a realização de tarefas em ritmo acelerado e sob pressão, o assédio moral e as demandas cada vez maiores nas empresas. O estresse também aumenta nas equipes de projeto quando há incerteza, imprevisibilidade e falta de comunicação. Então, para garantir que os colaboradores não fiquem sobrecarregados, é importante definir as expectativas antes de cada etapa, para que eles se sintam mais confiantes diante dos imprevistos, e fazer um bom planejamento.

Soluções, planejamento e trabalho em equipe

Para o diretor executivo de PMI América Latina, ter uma equipe de colaboradores sobrecarregados pode custar caro para as organizações, pois isso limita a produtividade, afetando diretamente os resultados. “Priorizar um espaço organizacional justo e saudável é o caminho essencial para assegurar a saúde mental dos trabalhadores”.

Para promover a construção de resiliência nas equipes contemporâneas, o estudo sugere a prática regular de verificação de bem-estar e os níveis de estresse da equipe e a adoção de ferramentas e tecnologias que possam otimizar a eficiência da equipe, promovendo um trabalho mais inteligente em vez de mais árduo.

Outra estratégia que também é essencial para ajudar os colaboradores a realizar atividades no trabalho sem que eles se sintam sobrecarregados, é desacelerar para acelerar. “Isso é possível reorganizando o cronograma para aproveitar os pontos fortes dos recursos e reduzir as responsabilidades administrativas do líder da equipe técnica para que ele possa se concentrar no que faz de melhor: solução de problemas. Isso pode ajudar a reduzir significativamente o risco de esgotamento, perda de recursos e atrasos no projeto. Quando todos se empenham juntos, além de solucionar problemas, eles fortalecem a unidade da equipe”, afirma o diretor executivo de PMI América Latina.

Saúde

O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais dos profissionais, por isso prestar muita atenção à saúde dos colaboradores é essencial para promover um ambiente de trabalho responsável, inclusivo, digno e saudável.

“Sem saúde não há produtividade, bons resultados nem crescimento. Precisamos olhar para nossa equipe além dos números e do desempenho. Nesse sentido, PMI defende o uso de IA Generativa (GenAI) no gerenciamento de projetos. Com a ampla disponibilidade e o potencial das ferramentas GenAI, tanto a nível individual como organizacional, é importante aproveitar os melhores resultados ao automatizar, auxiliar ou aumentar as habilidades e competências de gestão de projetos. Um gestor de projetos que sabe implementar melhor as ferramentas GenAI ajuda a otimizar o desempenho, a produtividade e a eficiência das equipes, o que evita sobrecargas”, destaca Triana.

Por fim, criar um ambiente onde haja comunicação aberta, confiança e apoio permite às equipes partilhar pensamentos e sentimentos, aproxima as pessoas e também torna o ambiente mais saudável.

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