A proposta do livro Rastreamento de doenças – inovando o check-up, lançamento da Manole, é mostrar aos profissionais de saúde uma maneira estruturada de realizar o check-up médico, prática comum para diagnóstico de patologias muitas vezes assintomáticas, mas que nem sempre é feito com embasamento científico e, portanto, não traz benefício real ao paciente. A obra é fruto da experiência de seus autores junto ao Serviço de Clínica Geral (CG) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). O serviço é um programa de assistência, pesquisa e ensino de práticas clínicas de promoção da saúde e prevenção de doenças implantado há 25 anos no HC.
O livro apresenta métodos clínicos e exames complementares bem estudados e segue um fluxo de informações e ações interconectadas que, partindo de evidências científicas, faz sentido dentro da realidade brasileira, valorizando o risco individual de adoecimento e otimizando a relação médico-paciente.
Os autores intencionaram oferecer respaldo técnico e científico para dúvidas comuns nos atendimentos: que doenças vale a pena rastrear? Como rastreá-las? Quando o tratamento precoce faz de fato diferença? O check-up pode prejudicar pacientes? São perguntas simples, cujas respostas são complexas e demandam muita pesquisa e conhecimento acumulado. Rastreamento de doenças – inovando o check-up mira, principalmente, o rastreamento da população adulta assintomática com idade entre 18 e 75 anos.
O livro contém o capítulo “O que convém rastrear e como”, que aborda aneurisma de aorta abdominal; câncer de mama; câncer de próstata; hipertensão; diabetes; depressão; infecção pelo vírus da hepatite C e risco de fraturas por osteoporose são alguns exemplos. Também há uma lista do que não convém rastrear e por quê.
Covid-19
Boa parte do livro foi produzida durante os meses da pandemia de Covid-19, que impactou mais gravemente a população com cardiopatias, obesidade, hipertensão, diabetes e pneumopatias. Por isso, pode-se afirmar que a pandemia mostrou a importância do rastreamento médico para reconhecer, tratar ou controlar doenças como estas para não deixar esta população tão vulnerável.
Sobre os autores:
Mario Ferreira Junior é doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e coordenador do Grupo de Estudos de Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde do Serviço de Clínica Geral e Propedêutica do Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP).
Ricardo Vasserman de Oliveira é médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com residência em Clínica Médica pelo HC-FMUSP. É visiting researcher da Stanford University School of Medicine e sócio-fundador e CEO da Healthtech MAR – Algoritmos de Saúde (marsaude.net).
Arnaldo Lichtenstein é doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), diretor técnico do Serviço de Clínica Geral e Propedêutica do HC-FMUSP e governador do capítulo brasileiro do American College of Physicians.
Maria Helena Sampaio Favarato é doutora em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), assistente do Serviço de Clínica Geral e Propedêutica do HC-HMUSP e docente da Universidade Municipal de São Caetano.
Mílton de Arruda Martins é professor titular do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e chefe do Serviço de Clínica Geral e Propedêutica do HC-FMUSP.