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Startup social SAS Brasil leva acesso à saúde a comunidades carentes

por Redação
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Referência no combate à covid-19 e em oferecer soluções para garantir o acesso gratuito à saúde especializada a comunidades vulneráveis de todo o país, o SAS Brasil, startup social itinerante e sem fins lucrativos, impactou, ao longo de 2020, 43 mil pessoas, em mais de 198 cidades, realizando cerca de 24 mil teleatendimentos. Desde 2013, a organização, que nasceu durante uma expedição do Rally dos Sertões – a mais tradicional prova de off road realizada no país e a maior das Américas -, beneficiou mais de 108 mil pessoas.

O ano de 2020 revelou a importância do terceiro setor na atuação de combate ao coronavírus. Especialmente na área da saúde, os obstáculos do Brasil são complexos e trazem ainda mais relevância para as organizações sem fins lucrativos. O SAS Brasil, como startup social, defende o uso da tecnologia e inovação para vencer os desafios. A principal causa que a organização acredita é a utilização da telemedicina como ferramenta para garantir o acesso à saúde de comunidades carentes, em cidades distantes de grandes centros urbanos. Isso é especialmente relevante, dado o cenário brasileiro, em que mais de 65 milhões de pessoas vivem em cidades com taxas inferiores a 1 médico por mil habitantes, sendo que a média nacional é de 2,7.

Desde julho de 2020, o SAS Brasil passou a atender também por telemedicina e contabilizou zero óbitos entre os 7.000 pacientes monitorados com suspeita ou positivados com covid-19, tornando-se, hoje, referência no uso da tecnologia.

Para 2021, o SAS Brasil aposta em mais um formato para garantir acesso à saúde: as Unidades de Telemedicina Avançada (UTAs), as quais já foram instaladas em quatro cidades com acesso escasso a serviços de saúde especializada, como é o caso de Cavalcante, em Goiás, que apresenta o menor IDH do estado. Com estrutura de 12 metros, as UTAs contam com consultórios equipados para a realização de consultas e pequenos procedimentos cirúrgicos, além de uma cabine de telemedicina, modelo inovador que alavancou o SAS Brasil frente a soluções de acesso à telessaúde para populações sem acesso a internet ou celular. A instituição realiza atendimentos em 17 áreas, como ginecologia, dermatologia, oftalmologia, odontologia e saúde mental. A expectativa é realizar 54 mil atendimentos, beneficiando 100 mil pessoas este ano.

As cabines, que também estão presentes nas comunidades do Jardim Colombo, em São Paulo, e Maré, no Rio de Janeiro, são equipadas com oxímetro, medidor de pressão arterial e de temperatura. Com esses equipamentos, o médico, mesmo a distância, consegue ter informações sobre os dados vitais do paciente. Além disso, a cabine possui conexão de internet por fibra óptica, webcam, monitor para que os pacientes possam conversar com os profissionais de saúde e contam com filtragem constante do ar, com filtros HEPA (High Efficiency Particulate Arrestance), tecnologia usada em ambientes hospitalares, com alta eficiência na separação de partículas e esterilização do ambiente por feixes de luz ultravioleta após as consultas.

Todo atendimento é feito por meio de um sistema de videochamada e prontuário médico eletrônico próprio. A plataforma garante a segurança de dados e a privacidade dos pacientes, atendendo às normas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).

“Vivemos em um país em que a população que vive distante de grandes centros urbanos muitas vezes não conta com um médico na própria cidade, e que, para realizar uma consulta ou um procedimento, os pacientes precisam viajar centenas de quilômetros. Acreditamos que a telessaúde é uma das principais ferramentas para vencer esses obstáculos. Conseguimos levar o médico na tela até os pacientes. Facilitando o acesso, economizando tempo e também recursos para governos e pacientes”, explica Sabine Zink, diretora e uma das fundadoras do SAS Brasil.

Além do atendimento à distância, o grupo volta a atender presencialmente em mutirões, como o do Projeto Anariá, que visa fazer prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças voltadas à saúde feminina, como o câncer de colo de útero.

“Já rodamos dezenas de milhares de quilômetros pelas estradas do Brasil, levando atendimento com alegria para as pessoas. É uma forma de lembrar que a saúde não precisa ser associada a algo chato, tedioso ou que gera medo, além de fazer com que o paciente se sinta acolhido”, pontua Adriana Mallet, médica e fundadora do SAS Brasil.

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