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Inovação só avança com métricas claras, diz executiva da Roche

por Redação
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Representando a Roche Farma Brasil, Michele Mello destacou durante o 16º Fórum Saúde Digital que a sustentabilidade do sistema de saúde passa necessariamente pela interoperabilidade de dados. “Precisamos saber o que medir e como medir. Sem isso, não conseguimos planejar, prever ou negociar melhor os investimentos em saúde pública”, afirmou.

Michele explicou que a Roche opera em duas frentes, diagnósticos e medicamentos, e que ambas estão sendo moldadas por um cenário de crescente conectividade. “Hoje, os equipamentos já nascem preparados para se conectar a outros sistemas. E as medicações também são pensadas para estar mais próximas do paciente, com menos efeitos colaterais e maior potencial de administração em ambientes menos complexos.”

Segundo ela, a hiperconectividade permite que tratamentos que antes exigiam internação hospitalar possam ser oferecidos com segurança em unidades de saúde mais acessíveis, desde que haja monitoramento remoto eficaz. “Com isso, reduzimos custos e ampliamos o acesso”, ressaltou.

A executiva defendeu que a inovação só será viável em larga escala se for acompanhada de métricas claras. “Sabemos que a medicina preventiva é mais barata, mas quanto exatamente? Em quanto tempo? Quais indicadores devemos acompanhar?”, questionou. Foi a partir dessas dúvidas que a Roche iniciou um projeto para mapear a linha de cuidado do câncer de mama, identificando desde os dados coletados até os gargalos no processo.

O projeto, segundo Michele, reúne profissionais da área médica, gestores públicos, técnicos de TI e representantes de laboratórios. “Juntos, mapeamos não só a jornada do paciente, mas também a jornada do dado. Só assim conseguimos definir quais indicadores realmente têm valor para cada elo da cadeia.”

Ela também destacou que a interoperabilidade de dados pode trazer ganhos além do setor da saúde. “Mobilidade urbana, educação e assistência social impactam diretamente a saúde da população. Um prefeito que investe em transporte pode ver retorno na diminuição de faltas em tratamentos médicos, por exemplo.”

Michele concluiu reforçando que a tecnologia já está disponível, o que falta, agora, é integração, clareza sobre o que medir e união entre os diversos atores do ecossistema. “Sem saber onde estão as ‘donas Marias’ e quais resultados estão sendo alcançados, não é possível evoluir para um sistema de saúde mais inteligente e financeiramente viável.”

Assista o painel completo:

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