O ciclo de faturamento hospitalar é um processo complexo e, quando ineficiente, pode comprometer seriamente a saúde financeira das instituições. O relatório BTG Pactual Quarterly Healthcare Appointment mostrou que, em 2023, o tempo médio que as grandes redes hospitalares no Brasil levaram para receber os pagamentos das operadoras de saúde foi de 112,5 dias — um aumento de 19% em relação a 2018. Esse cenário não só coloca pressão sobre o fluxo de caixa dos hospitais, como também revela a urgência em otimizar o processo de faturamento.
Outro agravante é a falta de visibilidade sobre o status de cada conta. Sem um sistema eficiente que permita acompanhar em tempo real o andamento de cada etapa do faturamento, o hospital perde tempo e recursos. Em muitas instituições, essa ineficiência gera uma pressão enorme sobre a gestão financeira e impede que os recursos sejam reinvestidos de maneira adequada. A 27ª Pesquisa Anual Global de CEOs da PwC apontou que 41% dos líderes brasileiros não estão confiantes de que suas organizações sobreviverão pelos próximos dez anos, caso a situação atual permaneça inalterada.
A chave para reverter esse cenário está na adoção de processos padronizados e tecnologias que permitam a centralização e automação das operações de faturamento. Ferramentas que organizam e padronizam a documentação necessária, bem como tecnologias que acompanham a conformidade das contas com as regras de cada operadora, são essenciais para reduzir os gargalos. Um faturamento mais ágil e preciso não só reduz o tempo para receber as receitas, mas também diminui drasticamente as taxas de glosas administrativas.
Ao otimizar o ciclo de faturamento, os hospitais passam a operar com maior previsibilidade financeira, podendo planejar melhor suas despesas e investimentos. Além disso, com um fluxo de caixa mais eficiente, a instituição tem condições de focar no seu objetivo principal: oferecer um cuidado de qualidade e segurança para os pacientes.
Bruno Lee, diretor de estratégia de produtos da Osigu no Brasil.