O Einstein cria a área de Dados Globais e de Tecnologias Avançadas para Equidade (GATE – Global Advanced Technologies for Equity – o significado em inglês “portal” se refere a tempo: futuro; e a espaço: além das fronteiras). A área desenvolve projetos de vanguarda, empregando ferramentas como computação quântica e descentralizada, inteligência artificial avançada, multimômica e nova geração de Big Data com o objetivo de contribuir para a redução de iniquidades em saúde.
Com esta frente, o Einstein pretende expandir a colaboração com outras organizações para o desenvolvimento de projetos que tenham impacto significativo e escalável em saúde.
O Einstein já desenvolve mais de 150 projetos voltados para a equidade em saúde, entre eles as plataformas PAMDAS e DIANA, ambas baseadas em Big Data e realizadas no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O PAMDAS é realizado para atender o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS), aprimorando a interoperabilidade de dados, desenvolvendo modelos analíticos de I.A e treinando profissionais do SUS. O objetivo é que, com o uso da ferramenta, seja possível avaliar e atualizar políticas públicas relacionadas à saúde.
Já o DIANA melhora a integração de dados hospitalares e a interoperabilidade com outros sistemas, como o certificado de vacinas QR code, contribuindo para que informações sobre a saúde sejam estruturadas com base em uma regra única de como organizar e distribuir os dados.
Uma outra inovação, que está sendo desenvolvida no âmbito do PROADI- SUS, é a criação de uma plataforma para integrar dados de saneamento, qualidade da água e saúde de populações em 10 Distritos Indígenas. O projeto VIGIAMBSI tem duas frentes principais: a plataforma de dados, que envolve a revisão de protocolos de qualidade da água, a integração sistêmica de informações e a transferência de conhecimento sobre coleta e análise de dados; e a realização a avaliação da saúde das comunidades indígenas em relação a fatores ambientais. Estas frentes fornecerão subsídios para o planejamento de iniciativas em saúde e vigilância ambiental, possibilitando uma compreensão mais aprofundada das condições sanitárias dessas populações e a adoção de medidas preventivas eficazes.
“O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo na área da saúde, principalmente por conta de sua extensão territorial e da má distribuição de recursos. O desenvolvimento de soluções tecnológicas médicas, a exemplo da telemedicina e inteligência artificial, pode reduzir essas discrepâncias e facilitar o acesso a atendimento médico especializado”, afirma Sidney Klajner, presidente do Einstein. “Colaborar com gestores do SUS, pesquisadores, desenvolvedores, engenheiros, arquitetos e cientistas de dados para criar modelos digitais que atendam a todas as populações é uma prioridade para o Einstein”, diz.
A atuação ampla da iniciativa sublinha o compromisso do Einstein em abordar a equidade em saúde em uma escala internacional, favorecendo conexões relevantes, acesso a financiamento externo e colaborações em projetos de tecnologia de ponta em dados, computação de alto desempenho e inteligência artificial. A curto prazo, pretende-se formar equipe altamente qualificada e incorporar novas tecnologias para trazer soluções concretas para a população.