quinta-feira, novembro 21, 2024
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Genéricos atingem mais de 40% de participação de mercado em MG, PE e RS

por Redação
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Levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, a PróGenéricos, aponta que apesar das previsões indicarem que ainda deve levar cerca de quatro anos para essa categoria de remédios alcançar 40% na média nacional de participação de mercado nas vendas no varejo, três estados brasileiros já atingiram essa marca. São eles: Minas Gerais (44,27%), Pernambuco (41,43%) e Rio Grande do Sul (41,15%).

Os três estados fazem parte de um grupo de sete cuja participação de mercado ultrapassa a média nacional que atingiu 36,61% no primeiro semestre. São Paulo atingiu 37,13%, Rio de Janeiro, 38,14%, Paraíba, 39,06%, e Rio Grande do Norte, 38,74%. Os indicadores de mercado são do IQVIA, instituto global especializado no monitoramento do mercado farmacêutico, e se referem às vendas do primeiro semestre de 2023.

O sete estados somados representam 53,3% da população brasileira, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e respondem por 63% das vendas totais dos genéricos no País.

“Quanto maior a participação dos genéricos em uma determinada região significa mais acesso e economia para pacientes e médicos comprometidos com a qualidade de suas prescrições e com a capacidade de pagamento de seus pacientes pelos tratamentos”, afirma o presidente executivo da ProGenéricos, Tiago de Moraes Vicente.

Segundo ele, se na maioria das unidades da federação a média de participação dos genéricos ainda não atingiu a média nacional, os percentuais são bem próximos e representativos. Alguns exemplos que demostram essa situação são os estados da Bahia, com 34,71%, e Goiás, com 33,51% “São pequenas variações de mercado que serão corrigidas ao longo do tempo, nos mostram as estatísticas”, aponta Vicente.

Participação regional

De acordo com o levantamento, essa realidade pode ser constatada quando se analisa a participação de mercado de genéricos por regiões. Enquanto na região Sudeste chega a 39,04%, no Sul é de 36,24%, no Nordeste 35,62%, Centro-Oeste 31,91% e Norte 29,23%. Todos os percentuais relativamente bem próximos. As maiores distorções, no entanto, são notadas no Centro Oeste com 31,91% e, especialmente, na Região Norte, com 29,23%.

Os cinco estados brasileiros em que os genéricos possuem menor participação estão todos na Região Norte. São eles: Pará (29,66%), Acre (29,24%), Tocantins (28,38%), Amazonas (27,47%) e Roraima (26,27%). “Os genéricos são menos acessados em regiões com baixa densidade populacional e com indicadores socioeconômicos abaixo da média nacional”, explica Vicente.

Ainda segundo a PróGenéricos, fatores como acesso à informação, menor oferta de serviços e profissionais de saúde devido à distância dos grande centros urbanos do país podem ser fatores que levam à uma adesão menor dos genéricos em algumas regiões.

“Os genéricos são o principal instrumento de acesso a medicamentos do país e uma das maiores conquistas da população brasileira. Ampliar a participação dos genéricos nos estados e regiões onde a participação está abaixo da média do mercado não é uma preocupação comercial da indústria, mas uma agenda de saúde pública que irá beneficiar imensamente toda população”, conclui o presidente executivo da ProGenéricos.

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