Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2020 cerca de 29,33% dos brasileiros procuraram ajuda de psicólogos. Além disso, uma pesquisa do Instituto FSB, encomendada pela SulAmérica, revela que 60% da população que faz terapia, tanto na rede privada quanto na pública, começou o tratamento durante a pandemia. Esses resultados se deram por conta do aumento de pessoas que se queixavam de ansiedade, alteração de humor e insônia. Por meio desses dados é perceptível a importância do acompanhamento em saúde mental.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) relata que 59% de seus associados perceberam um aumento de até 25% nas consultas de março a dezembro de 2021, 69,3% atenderam pacientes que já haviam recebido alta e 82,9% perceberam o agravamento dos sintomas em pacientes que ainda estão em tratamento.
Diante desses dados, nota-se que o trabalho dos psicólogos teve uma presença forte nesses últimos dois anos, mas a dúvida que fica no ar é “quem cuida dos que cuidam de nós?”. A OrienteMe, healthtech que mapeia a saúde dos colaboradores das empresas, vem dando ênfase também ao ponto de vista dos psicólogos, que questionam como se mantêm saudáveis mentalmente para desempenhar suas funções, dando suporte aos pacientes.
“Nós não somos diferentes dos outros seres humanos, somos pessoas que também sofrem e têm suas dores. Só que a gente escolhe a profissão por amor, para fazer a diferença na vida dos outros. E o que fazemos com nossas dores? A OrienteMe nos dá a oportunidade de sermos atendidos por outro profissional da plataforma. Nela, o psicólogo também passa por uma supervisão para estar contando sobre os problemas que ele tem no sentido da técnica”, aponta Carlos Vau, psicólogo parceiro da OrienteMe.
Na opinião dele, esse acompanhamento com outro profissional é essencial. “Ele traz opiniões sem julgamentos e nos equilibra. Por exemplo, se você está atendendo um paciente que tem uma história de luto e você também vivenciou uma história de luto na família, como você vai lidar? Para que o psicólogo não se sinta abalado, é fundamental isso, para que a gente não sofra”, observa Vau.
A OrienteMe promove diversas ações com os psicólogos, como, por exemplo, acompanhamento próximo, monitoramento da performance e oferece assistência para a saúde emocional do psicólogo. “Para qualquer coisa, eu sempre estou e me faço presente. Se o psicólogo fica angustiado, eu tento entender e fazer com que a sensação passe”, explica Renata Tavolaro, head de psicologia da OrienteMe.
A healthtech também tem grupos de estudo e aconselhamento de casos complexos para que nenhum profissional se sinta desamparado. “As pessoas não estão acostumadas a ouvir que o psicólogo não está bem, ou está sentindo algo, até porque a situação é sempre ao contrário, mas para o profissional atender bem, ele tem que estar bem. Por isso, oferecemos suporte emocional, e nós estamos muito atentos a isso. O diferencial da OrienteMe é esse, de não só fazer só o gerenciamento, mas de dar apoio de uma forma mais humana, pois, afinal, todos são seres humanos e precisam ser cuidados”, finaliza Renata.