Com a pandemia de Covid-19, o setor de saúde como um todo enfrentou enormes desafios. Mesmo assim, teve uma lado positivo: foi um período de muitos investimentos e valorização da área. Para a orienteme, healthtech que oferece uma plataforma de saúde corporativa para atendimento psicológico, nutricional e físico aos colaboradores de empresas, não foi diferente.
O setor de saúde, incluindo tanto o público quanto o privado, representa hoje aproximadamente 10% do PIB brasileiro. Nos EUA, como referência, a saúde representa aproximadamente 20% do PIB, o que equivale a US$ 4 trilhões (ou R$ 20 trilhões. Ou seja, a valorização da saúde nos dois países pode ser verificada não só em termos de valores, mas principalmente na cobertura de serviços.
“O crescimento de uma empresa vai além do aumento de sua receita. Ele envolve a contratação e desenvolvimento da equipe, definição de processos e ferramentas para escalar de forma sustentável. Tivemos um ano de grande crescimento, pois estamos trabalhando de forma muito mais integrada e temos mais clareza sobre a estratégia e táticas necessárias para continuarmos crescendo em 2023”, explica Bruno Haidar, CEO da orienteme, ao falar sobre os reflexos da pandemia no setor.
Segundo ele, a grande maioria dos contratos foram renovados e ampliados, contando também com a inauguração de dois novos pilares de atendimento com boa adesão no mercado, o de nutrição e orientação física. Além dessas novas vertentes, a empresa lançou um novo aplicativo para profissionais, uma nova biblioteca de conteúdos e um novo portal corporativo para os RHs. Isso porque, a orienteme identificou que uma das maiores necessidades e tendências do RH é a análise de dados.
“Em breve lançaremos o novo aplicativo para pacientes, com uma tecnologia mais avançada, que otimizará a performance e experiência dos usuários. Hoje, a orienteme possui mais de 700 mil vidas cobertas e aproximadamente 200 empresas que podem usar a plataforma por meio de um programa corporativo”, conta o CEO.
Em relação a 2023, a healthtech acredita que novas contas entrarão, sejam de empresas contratando diretamente a plataforma ou seguradoras, que representam um grande volume corporativo. As principais tendências para o ano, que estão de acordo com o planejado pela orienteme, incluem a ampliação e qualificação do acesso à saúde, engajamento de pacientes em linhas de cuidado e abordagem multidisciplinar por meio da digitalização da jornada do paciente.
Segundo Haidar, existe também a tendência de focar em prevenção, pois o modelo de saúde atual sofre de inflação sistêmica (VCMH), devido ao foco em volume em vez de desfechos. “Também chamado de inflação médica, o VCMH expressa a variação do custo das operadoras de planos de saúde, comparando dois períodos consecutivos de 12 meses. É considerado a frequência de utilização e como os preços variam de serviços como consultas, exames, cirurgias, tratamentos e internações”, explica.
O CEO diz que os fundamentos da orienteme estão em linha com as tendências do futuro da saúde e que a empresa continuará seguindo a mesma direção para criar uma plataforma diferenciada com um engajamento cada vez maior. A healthtech hoje atende a grandes empresas e seguradoras como Unimed, Bradesco Saúde, Coca-Cola, P&G, Votorantim e Capgemini.