O setor de Saúde registrou 11 fusões e aquisições no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 15% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 13 transações. Sobre os tipos de transações, das 11 operações mais recentes realizadas, 7 foram feitas entre empresas brasileiras e 4 envolveram compradores estrangeiros. Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
Houve queda expressiva (44%) no segmento de Hospitais e Laboratórios de Análises Clínicas, com diminuição de 9 para 5 transações comparando os períodos analisados. Já o segmento de Produtos Químicos e Farmacêuticos registrou uma alta de 50% nessas operações (de 4 para 6). Se considerados os 9 primeiros meses de cada ano, a queda setorial foi de 57 em 2023 para 39 em 2024, diminuição de 31,6%.
“O mercado de saúde passou por um movimento de expansão muito acelerado nos últimos anos, porém essa redução já é uma realidade há alguns anos. Este ano ela foi acentuada pelo fato de muitas grandes empresas do setor estarem com grandes desafios de integrações e melhorias operacionais das aquisições que ocorreram nos anos anteriores. Por outro lado, em um setor em que escala se torna cada vez mais relevante, não devemos esperar que essa queda dure muito tempo uma vez que o resultado do setor volte a crescer”, afirma Gustavo Vilela, sócio-líder de Healthcare e Life Sciences da KPMG no Brasil.
|
A pesquisa da KPMG apontou que foram realizadas 1.196 operações de fusões e aquisições nos nove meses deste ano, um aumento de 5% na comparação com o mesmo intervalo de 2023, quando foram finalizadas 1.142 transações. Os setores que mais se destacaram foram tecnologia da informação com 355, empresas de internet com 199 e instituições financeiras com 68 negócios concretizados. Se considerados dados trimestrais, a alta foi de 3,7%, de 405 no terceiro trimestre de 2023 para 420 no terceiro trimestre de 2024.
“O mercado de fusões e aquisições apresentou um crescimento no número de transações em relação aos nove meses anteriores. Companhias de tecnologia da informação continuaram como o principal setor em número de operações, fortemente impulsionado por fundos de capital de risco e private equity, que corresponderam a mais de 65% das transações do setor”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.