Depois de se consolidar na Argentina, a healthtech Osana, fundada em 2019, acaba de expandir a atuação para o Brasil, tendo como estratégia a oferta de soluções omnichannel de atendimento a pacientes para prestadores de serviços de saúde e empresas farmacêuticas. A expectativa com a expansão é impactar mais de 5 milhões de pessoas mensalmente e que o Brasil represente, ao menos, 60% do faturamento em um futuro próximo.
A startup avalia que, embora o setor tenha avançado na digitalização, principalmente devido à pandemia de Covid-19, hospitais, clínicas de diagnósticos e a indústria farmacêutica têm enfrentado um desafio maior: a dificuldade de gerenciar uma diversidade de aplicativos, plataformas e dispositivos utilizados para a gestão da saúde, o que gera uma alta dispersão da informação disponível e dificulta a coordenação entre os diferentes atores do ecossistema.
A healthtech tem atuado no suporte à digitalização e automatização de empresas de saúde, abrangendo desde a tarefa de gerenciamento de agendas de consultas e exames, teleatendimento, acesso a prescrições e pedidos médicos, resultados de exames e o acompanhamento de pacientes de forma remota.
“A nossa solução oferece a oportunidade de mudar o paradigma para o cuidado contínuo, preventivo e proativo, capacitando os pacientes no conhecimento e uso de sua própria informação, aumentando o engajamento dos pacientes na gestão de sua própria saúde. Queremos revolucionar o futuro da saúde digital”, afirma Luís Paulo M. Souza, vice-presidente e representante da Osana no Brasil.
A companhia trabalha com estratégias omnichannel e abrange diferentes canais, como chatbot, portal web e app das instituições, proporcionando eficiência operacional, redução de custos e absenteísmo. No Brasil, o foco principal será oferecer mais qualidade, sobretudo no atendimento primário e secundário, ao mesmo tempo em que proporciona melhores resultados às instituições de saúde. A solução, afirma Souza, não apenas une o sistema fragmentado com sua interoperabilidade, mas também oferece aos players do setor um valor diferencial para os pacientes, com a possibilidade de proporcionar uma experiência que pode ser personalizável e escalável, com baixo custo e rápida implementação.
A companhia, criada por Andrés Lawson, CEO da Osana, e Jorge López, atual COO da empresa, obteve em 2021 uma rodada de investimentos de mais de US$ 25 milhões, o maior aporte Series A para uma healthtech na América Latina. Dentre os fundos envolvidos está o General Catalyst, com mais de US$ 25 bilhões em ativos, e empresas como Livongo, adquirida pela Teladoc por mais de US$ 18 bilhões, e outras startups como Airbnb, Stripe, Snapchat em seu portfólio.
Atualmente a Osana conta com cerca de 70 colaboradores e 1 milhão de usuários na América Latina e o objetivo é que nos próximos anos a startup também expanda ainda a sua operação na América Latina, chegando a países como México, Colômbia e Chile.
“Temos diante de nós a grande oportunidade de criar experiências mais próximas com os pacientes, em tempo real e com cuidado contínuo. Essa mudança de foco permitirá destravar o acesso à informação para obtenção de insights que contribuam para melhorar processos, reduzir custos e, principalmente, melhorar a qualidade de vida das pessoas, promovendo uma melhor compreensão e engajamento nos tratamentos prolongados, de doenças crônicas e comorbidades”, conclui Souza.