De acordo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a circulação de medicamentos falsificados, roubados ou fora de padrão movimenta dezenas de bilhões de dólares no mundo inteiro – e, claro, leva a prejuízos imensuráveis à saúde dos pacientes. Para assegurar a procedência dos produtos, pesquisadores de quatro instituições se uniram para desenvolver uma ferramenta capaz de rastrear os remédios que circulam pelo Brasil.
A ferramenta batizada como ‘Sistema Nacional de Controle de Medicamentos’ é um dos projetos finalistas da 2ª edição do Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica. A iniciativa reconhece inovações que têm potencial para melhorar a vida e a saúde das pessoas.
Os testes iniciais contaram com a parceria de indústrias farmacêuticas, distribuidoras, farmácias e hospitais, com foco em acompanhar todo o processo de produção, distribuição e venda. No momento da fabricação ou importação, o fármaco recebe o Identificador Único do Medicamento (IUM), um código contendo número de série, lote, validade, registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de uma numeração comercial.
Dessa forma, as etapas seguintes podem ser rastreadas e comunicadas à Anvisa, que enviará alertas ao menor sinal de movimentação atípica. Com o sucesso do projeto-piloto, a ideia, no futuro, é que o consumidor, por meio de aplicativo no celular, possa consultar toda a cadeia produtiva até a chegada da caixa do remédio à sua mão, para ter certeza de que está levando para casa um produto autêntico e seguro.
Os vencedores da 2ª edição do Prêmio Abril & Dasa de Inovação Médica serão revelados na premiação no dia 8 de novembro, em São Paulo.