A empresa norte-americana eResearchTechnology (ERT), cujo software é empregado em centenas de testes clínicos não só nos Estados Unidos, como na Europa e Ásia, incluindo os dedicados ao desenvolvimento de testes, tratamentos e vacinas para combate ao coronavírus, reconheceu ter sido vítima de um ataque de ransomware. O incidente ocorreu há 15 dias, embora só tenha sido divulgado no final da semana passada.
Durante o período do ataque, alguns destes testes sofreram atrasos, embora a empresa tenha afirmado que os dados dos pacientes não estiveram em nenhum momento sob risco. Este é mais um de muitos ataques na área de saúde, com particular destaque para o sofrido neste último final de semana pela Universal Health Services, uma grande cadeia hospitalar com mais de 400 unidades, a maioria nos Estados Unidos.
Entre os clientes da ERT está a IQVIA, organização de pesquisa que ajuda a gerenciar o teste de vacinas Covid da AstraZeneca. A empresa declarou que conseguiu limitar os problemas porque tinha seus dados protegidos em backup. “Não temos conhecimento de dados confidenciais ou informações do paciente, relacionadas às nossas atividades de ensaio clínico, que foram removidas, comprometidas ou roubadas.”
Para Daniela Costa, vice-presidente para a América Latina da Arcserve, a marca com mais experiência em todo o mundo no fornecimento de proteção de dados e defesa contra ataques de ransomware, a calma com que todo o episódio foi tratado pela IQVIA reforça a importância de se adotar uma estratégia robusta de backup envolvendo proteção, gerenciamento e disponibilidade de dados.
“A tendência é que os ataques continuem a crescer em número e em sofisticação, atingindo os mais diversos segmentos de negócios, comprometendo não só a sua continuidade como trazendo enormes prejuízos para sua imagem junto aos clientes. Nesse cenário, dar ao backup uma proteção à altura de sua importância pode ser uma questão de sobrevivência”, conclui a executiva.