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Unidades móveis de saúde ampliam o alcance dos atendimentos no país

por Redação
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O uso de unidades móveis na área da saúde tem sido cada vez mais comum no Brasil. A facilidade de deslocamento proporcionada pelos veículos adaptados faz desta modalidade uma alternativa muito vantajosa, principalmente, quando o objetivo é alcançar comunidades que vivem em áreas mais afastadas ou de difícil acesso.

Esse modelo de atendimento ganhou um impulso com a pandemia. Em muitos municípios, as unidades móveis de saúde foram amplamente utilizadas para levar vacinas contra o coronavírus às populações da periferia. Isso facilitou o acesso das pessoas às campanhas de imunização e, ao mesmo tempo, evitou-se o deslocamento delas até as unidades de saúde preservando-as das despesas com transportes e das aglomerações, reduzindo assim o risco de contágio.

A praticidade oferecida pelas unidades móveis é uma vantagem observada não apenas em campanhas de vacinação, mas também em muitos outros serviços de saúde, como odontologia, oftalmologia, exames laboratoriais, mamografias, oncologia e cardiologia, para citar apenas alguns exemplos. Em vez da população se deslocar em busca de atendimento, os serviços vão até ela, contribuindo com o trabalho de prevenção e de diagnóstico precoce.

Além da mobilidade, Robson Igepi, diretor-executivo da Athos Brasil, empresa especializada na produção de unidades móveis, aponta outra vantagem dos atendimentos de saúde sobre rodas: a redução de custos. Segundo Robson, como esse tipo de negócio não depende de um ponto fixo, ele está isento de taxas e de impostos municipais. 

Outra vantagem apontada por ele são as diversas possibilidades de tamanho dos veículos que podem ser equipados para a execução dos trabalhos. As alternativas vão desde veículos pequenos, como uma van, até veículos mais espaçosos, como carreta ou contêiner. “O tipo de veículo que pode ser usado depende do projeto e do tamanho do investimento que o empreendedor tem disponível. É possível construir uma unidade de saúde ocupacional em trailer, vans, micro-ônibus, ônibus, carreta e contêiner. O que muda é onde será usado, tamanho da empresa, área de atuação e recurso disponível”, afirma Igepi.

Exposição internacional

O executivo cita como exemplo uma unidade produzida para um cliente de Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, capaz de prestar atendimentos de espirometria (exame do pulmão), raio X toráxico, acuidade visual, audiometria, eletrocardiograma, encefalograma e coleta de exames clínicos, entre outros serviços. “Com essa unidade, a empresa não precisa retirar os funcionários de seu local de trabalho e encaminhar para várias clínicas para efetuar os exames de rotina, sejam os exames admissionais, periódicos ou demissionais. Com a clínica móvel, todos os procedimentos necessários são realizados ao mesmo tempo em um único lugar, otimizando muito o tempo e a segurança de seus funcionários”, frisa.

O projeto teve repercussão bastante positiva e a empresa de Lençóis foi convidada a expor a unidade na Feira Internacional de Segurança e Proteção (Fisp), considerada a maior feira de EPIs da América Latina e a segunda maior do mundo. “Tivemos mais de 500 visitantes e boa parte gostou do que viu”, afirma Norberto Pompermayer, diretor da Ambiental. “Ouvimos mais de uma centena de visitantes dizendo ‘a minha empresa precisa desse serviço’. Então, a aceitação do público especializado em segurança e saúde do trabalho foi muito boa. A clínica móvel foi aprovada e isso nos deixa bastante satisfeitos, pois mostra que tomamos a decisão correta”, comemora.

Outro projeto importante foi desenvolvido para um cliente do Acre. Trata-se de uma unidade equipada para realizar exames na área de cardiologia, ultrassonografia, Papanicolau, raio X vertical/horizontal, com plataformas elevatórias de acessibilidade, que possibilitam o transporte do paciente cadeirante ou na maca para dentro da unidade. “A unidade é totalmente autônoma. Ela conta com gerador de energia que garante atendimento às comunidades ribeirinhas, aos moradores em condições de isolamento e em casos de calamidade pública”, comenta Igepi.

Uma ótica de Bacabal, município do Maranhão, encomendou um trailer para atendimento oftalmológico que possibilita ao paciente a realização de exames e, caso seja necessário, a confecção da lente. São oferecidas também várias opções de armações. Com isso, a pessoa deixa a unidade com os óculos prontos.

“São exemplos de unidades feitas sob medida para o tipo de serviço a que se propõe realizar, que podem ter sala de atendimento, banheiro, ar-condicionado, iluminação, instalação hidráulica e elétrica e todos os itens necessários para seu funcionamento”, afirma Igepi.

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