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Iniciativa do Einstein com apoio do programa MSD para Mães reduz em 72% a taxa de mortalidade materna

por Redação
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A mortalidade materna ainda é um ponto de preocupação para as autoridades de saúde no Brasil. Dados do Ministério da Saúde de 2021 mostram que a cada 100 mil nascidos vivos, cerca de 107 mulheres morreram durante a gravidez, parto ou puerpério. Olhando especificamente para o estado da Bahia, os índices acendem mais um alerta: de 2017 a 2021, foram 70,8 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos. A taxa é considerada alta para a meta de 30 mortes/100 mil nascidos vivos pactuada pelo Brasil junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2030.

Entre as principais causas da mortalidade ocorrida durante a gestação, no parto ou no período de 42 dias após o nascimento, estão a hipertensão, infecções e hemorragias, especialmente no pós-parto. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 92% desses casos poderiam ser evitados com melhorias no acesso ao pré-natal, atendimento precoce feito por profissionais de saúde qualificados e apoio após o parto.

Diante desse cenário, o Einstein e a farmacêutica MSD, por meio de sua iniciativa global MSD para Mães, em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), implementaram um projeto em hospitais públicos e unidades de atenção primária, como postos de saúde que realizam o pré-natal das gestantes, para mitigar esse cenário e promover acesso à saúde de qualidade na região.

Por meio de visitas técnicas e ciclos de aprendizagem com profissionais das unidades, o projeto Todas as Mães Importam promoveu, no estado, uma redução de 72% na taxa de mortalidade materna por causas diretas, como hemorragia, sepse, pré-eclâmpsia e outras hipertensões associadas à gestação. O número representa aproximadamente 46 vidas potencialmente salvas.

Além desse marco, o projeto também pôde alcançar o índice de 68,7% na redução na razão de morte materna por causas gerais – 70 vidas potencialmente salvas.

“O pré-natal é o primeiro passo para garantir a saúde da gestante e do bebê, além de investigar possíveis fatores de risco para um desfecho clínico que pode não ser favorável. Sendo assim, o projeto trabalhou em conjunto com os profissionais de saúde locais para garantir, por meio do compartilhamento e troca de conhecimento, um atendimento assertivo nessa etapa do cuidado, garantindo uma gestação saudável e mais segura”, pontua Claudia Garcia de Barros, diretora executiva do Escritório de Excelência Einstein.

Com duração de 24 meses, o escopo contemplou ao todo 14 serviços públicos de saúde de Salvador e Feira de Santana – seis hospitais e oito unidades de atenção primária à saúde (APS). Durante a realização do projeto, foram alcançadas direta e indiretamente mais de 80 mil gestantes e puérperas nos hospitais, além de quase mil pacientes nas APS. Adicionalmente, foram ofertadas mais de 40 horas de aprendizagem virtual e 500 horas de coachings semanais.

A ação contou com o envolvimento de mais de 70 profissionais das equipes participantes diretamente ligados ao projeto, além de 15 pessoas da equipe de liderança da SESAB e da Rede Cegonha da Secretaria Municipal da Saúde de Salvador.

“O programa MSD para Mães tem como alguns de seus principais pilares a realização de parcerias público-privadas, o fortalecimento de sistemas de saúde e a capacitação de profissionais de saúde envolvidos com saúde materna”, destaca Kleber Santos, diretor de Inovação em Projetos Sociais da MSD para a América Latina. “Realizar mais uma bem-sucedida parceria com o Einstein por meio do Programa com resultados tão impactantes como os observados na Bahia nos aproxima de nosso objetivo de contribuição para a criação de um mundo em que nenhuma mãe morra ao dar à luz”, finaliza Kleber.

Um exemplo de sucesso é o Hospital Estadual da Criança (HEC), que reduziu em 72% sua taxa de mortalidade materna. A redução foi verificada na comparação de 2021, antes do início do projeto, com os anos de 2022 e 2023.

Unidade da SESAB, o HEC foi uma das instituições estaduais escolhidas pela secretaria para aderir ao projeto, e tinha como principal objetivo reduzir em pelo menos 30% a taxa de mortalidade materna por causas diretas na unidade. Os resultados, portanto, superaram as expectativas, promovendo um impacto positivo num número ainda maior de gestantes.

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