A adoção da telessaúde para auxílio online no atendimento à pacientes é uma das áreas que prefeitos e gestores visionários têm a intenção de investir no que se refere ao uso da tecnologia para aprimorar os serviços públicos, em especial na Saúde. Em Santa Catarina, os 295 municípios estão cadastrados para utilizar o apoio oferecido por meio do Núcleo Telessaúde SC, trabalho que conta com recursos do Ministério da Saúde e é conduzido no Estado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. Há ainda profissionais cadastrados em localidades do Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe, São Paulo e Tocantins, totalizando 370 cidades credenciadas no país.
Conforme explica o coordenador de Integração com a Regulação Regional do Telessaúde SC, Marcos Aurélio Maeyama, a iniciativa auxilia os municípios nas áreas de tele-educação, teleconsultoria, telediagnóstico e segunda opinião formativa por meio dos quais fornece apoio assistencial e apoio à educação permanente em saúde.
Dados de 2016 até fevereiro deste ano mostram que cerca de 27 mil teleconsultorias foram feitas pelos 11.500 profissionais cadastrados no Núcleo Telessaúde SC. Desde o lançamento em 2007, aproximadamente um milhão de laudos de exames de telediagnóstico auxiliaram as equipes no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde. “60% das dúvidas profissionais são para caso clínico”, observa Maeyama, acrescentando que o serviço permitiu ainda a realização de 629 webpalestras e 137 minicursos à distância.
Segundo o coordenador, todos os serviços são oferecidos por meio de uma plataforma online que também armazena o conteúdo das dúvidas respondidas, das webpalestras, cursos e exames realizados, permitindo que o profissional acesse a qualquer tempo e em qualquer horário.
Como implantar
Sem custos aos municípios, o Telessaúde exige uma infraestrutura mínima para operar nas unidades da Saúde, entretanto, Maeyama ressalta que “a medida acaba gerando a necessidade de melhorias em infraestrutura e estimulando investimentos no setor”. “A partir da tecnologia a distância é possível fornecer apoio às equipes de saúde da família, contribuindo com um atendimento mais resolutivo e melhorando o processo de trabalho.