As faculdades de medicina Brasil têm ampliado de maneira significativa o uso de tecnologias de simulação para reduzir a necessidade de cadáveres (humano e animal) em salas de aula. Com plataformas digitais com inteligência artificial e biomodelos sintéticos que mimetizam a textura e densidade de um ser vivo, as instituições buscam otimizar os projetos pedagógicos, aumentar as horas de treinamento dos estudantes e educadores e melhorar a qualidade do ensino.
Dos cerca de 500 cursos médicos de ensino superior no País, 278 já incorporaram as tecnologias ativas de simulação nas atividades acadêmicas, que representam 55% do total de cursos oferecidos no Brasil nesta área. As soluções são desenvolvidas pela Csanmek, empresa brasileira de simuladores, e são integradas aos projetos pedagógicos das universidades e centros de ensino.
As soluções estão presentes nos maiores grupos educacionais do País no segmento de saúde, incluindo instituições como São Leopoldo Mandic, Estácio de Sá, Faminas e até a própria Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que adotaram tais tecnologias para atividades de treinamento cirúrgico, procedimentos médicos em geral e simulações realística.
“Milhares de alunos de medicina, de cursos privados e públicos, podem utilizar as soluções para treinamento de habilidades e simulações clínicas, que geram um impacto significativo na segurança dos estudantes e profissionais, já que passarão a realizar procedimentos e atendimentos nos pacientes reais, a partir de técnicas treinadas repetidas vezes em simuladores de alta fidelidade e com diferentes complexidades”, explica Cláudio Santana, CEO e fundador da Csanmek.
Os biomodelos podem ser de copo inteiro ou separado por partes, como dorso, cabeça e pescoço, abdominal, braços e pernas e outros, sempre respeitando a localização anatômica da estrutura estudada, a textura e a estratigrafia tecidual humano. Contam com centenas de músculos, ossos, órgãos, veias e artérias substituíveis, todos feitos a partir de materiais que imitam as propriedades mecânicas, textura e densidade do tecido vivo.
Já as plataformas digitais 3D funcionam como uma mesa touch screen que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano, para treinamento de cirurgias e dissecações virtuais. Trazem sistemas inteligentes que convertem exames clínicos em clones digitais e possuem conexão com impressoras 3D para impressão de órgãos e músculos.
O equipamento também possui um sistema de integração entre hospitais e salas de aula e oferece aos alunos a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de pacientes.