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Anvisa divulga empresas selecionadas para piloto de rastreabilidade de medicamentos

por Redação
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A Anvisa publicou a  Instrução Normativa nº17/17,  em 22 de agosto de 2017, que estabelece as empresas e medicamentos que serão integrantes da fase experimental do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM), instituído pela Lei nº 11.903, de 14 de janeiro de 2009. Participam os laboratórios farmacêuticos Aché, Bayer, Boehringer Ingelheim, Janssen-Cilag e Libbs.

Aprovada em janeiro após anos de discussão, a lei da rastreabilidade de medicamentos no Brasil é um tema de alta relevância tanto para a cadeia produtiva quanto para o consumidor, pois a serialização e rastreabilidade possibilitará ao consumidor a garantia de origem dos produtos e deve contribuir para inibir a venda de produtos roubados ou falsificados.

O mercado farmacêutico mundial movimenta mais de um trilhão de dólares por ano e o setor sofre com alto grau de falsificações. Segundo a WHO (World Health Organization) e Center for Medicine in the Public Interest, medicamentos falsificados representam até 10% no mundo.

Aché, laboratório pioneiro na rastreabilidade

Grandes empresas já notaram que a serialização nos produtos traz mais vantagens do que desvantagens. “Para o Aché, além de atender à nova legislação, o DataMatrix será também uma excelente ferramenta de conhecimento, pois, por meio de um aplicativo, os consumidores poderão consultar as informações do Aché e dos produtos, e poderemos fidelizar o consumidor oferecendo informações adicionais relacionadas à saúde e bem-estar” explica Paulo Nigro, presidente do Aché. “Além disso, estamos dando ao consumidor a garantia de origem do produto e fortalecendo nossas marcas”, completa.

Adriano Alvim, diretor de Operações do Aché, ressalta que “a indústria farmacêutica precisa acelerar para garantir que a lei seja atendida por toda a cadeia no prazo determinado”. O executivo destaca que desde o início do projeto, já foram investidos cerca de 23 milhões de reais em equipamentos para rastreabilidade e desenvolvimento dos sistemas de validação e banco de dados. Até o fim de 2021, o valor total deve ultrapassar os 46 milhões de reais.

Já para Sidinei Righini, diretor Financeiro e de Tecnologia da Informação do Aché, “implantar processos de serialização e rastreabilidade é uma tarefa complexa, que exige planejamento e fortes parcerias. Antes de dar início à implantação do projeto, visitamos a Turquia, um dos países pioneiros no assunto, para um profundo benchmarking”. Desde então, o Aché encabeça a adaptação do setor farmacêutico e por isso deve reduzir de forma significativa os impactos em seus processos. “Até o momento, já instalamos o DataMatrix em 63% dos equipamentos de embalagem e devemos finalizar este processo até o fim de 2018”, pontua.

Entre os principais pontos a serem adotados estão a gravação das informações nas embalagens dos produtos, a transmissão dos dados e o atendimento aos prazos definidos pela agência reguladora.

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