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FIDI amplia projeto de inteligência artificial na rede pública de saúde de São Paulo

por Redação
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A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), responsável por gerir sistemas de diagnóstico por imagem em 85 unidades na rede pública de saúde, apresentou na 49º Jornada Paulista de Radiologia, as experiências obtidas por meio de um projeto de inteligência artificial que contribui na priorização de pacientes com lesões cerebrais graves. Após um ano de implantação, o uso da tecnologia foi expandido de um para nove hospitais da rede pública de saúde de São Paulo, auxiliando na antecipação do atendimento de pacientes em quadro de urgência.

Na palestra concedida pelo Dr. Igor dos Santos, médico radiologista e chefe de inovação da FIDI, o especialista demonstrou como é possível identificar as lesões antes mesmo de o radiologista ter acesso às imagens, por intermédio de um software que foi desenvolvido pela empresa israelense AIDOC. Segundo o radiologista, ao longo de um ano de utilização do sistema, foi possível observar uma melhora significativa na eficiência operacional e rastreabilidade de todos os processos.

“O objetivo em trazer a inteligência artificial para a medicina não é substituir um profissional humano e sim oferecer mais precisão e agilidade no dia a dia. Em relação aos exames de imagem, todos os laudos são feitos pelo radiologista, mas a tecnologia pode contribuir para antecipar o atendimento de pacientes mais graves” explica.

O sistema de inteligência artificial

O processo segue o seguinte fluxo: ao realizar um exame, as imagens seguem para o servidor da FIDI, que identifica se é uma tomografia de crânio, oculta os dados do paciente e envia para o servidor na nuvem da AIDOC. As imagens são analisadas pela inteligência artificial e devolvidas para o servidor da FIDI com as marcações das lesões, se houver. O exame é reidentificado com os dados do paciente e segue para a central de laudos da FIDI.

Na central de laudos, o sistema prioriza automaticamente o exame que apresenta quadro grave, permitindo ao médico radiologista analisar e laudar mais rapidamente para acelerar o atendimento ao paciente. “É importante salientar que as imagens que seguem para o servidor da AIDOC continuam simultaneamente disponíveis na central de laudos da FIDI, ou seja, o uso da ferramenta não inviabiliza o trabalho já realizado normalmente”, explica dos Santos.

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