Você já ouviu falar sobre a importância da chamada adesão ao tratamento? A expressão pode até soar estranha, mas é bem provável que você já tenha vivido alguma experiência relacionada a isso.
Afinal, adesão ao tratamento nada mais é do que seguir rigorosamente as orientações médicas quanto ao uso dos medicamentos na hora certa e pelo tempo prescrito. Inclui, também, as recomendações comportamentais, como dietas específicas e atividades físicas.
Pode até parecer simples, mas, na prática, seguir à risca as recomendações médicas não é nada fácil. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que menos de 50% dos pacientes com doenças crônicas — aqueles em tratamentos de longo período — seguem suas prescrições corretamente em 80% do tempo.
No caso dos pacientes com diabetes, por exemplo, menos de 60% seguem a prescrição corretamente. Já entre pessoas com hipertensão, a adesão fica abaixo de 40%.
Isso ocorre porque, para garantir a adesão ao tratamento, é preciso superar diversas barreiras, que vão desde questões comportamentais, como esquecer de tomar o remédio na hora certa, até dificuldades financeiras para comprar os medicamentos e manter o tratamento por um longo período.
Além disso, há outros motivos que prejudicam a adesão ao tratamento como: comunicação inadequada sobre os efeitos e sintomas com o médico; estilo de vida; descontinuidade do tratamento; impacto emocional, falta de suporte e como já mencionado o custo dos medicamentos e falhas na gestão da medicação.
Estas questões relacionadas à baixa adesão ao tratamento comprometem diretamente a eficiência dos resultados esperados. Ou seja, impacta na qualidade de vida do paciente e as complicações podem incluir o agravamento da doença, aumento dos gastos com medicamentos — muitas vezes, sendo necessário repetir o tratamento de maneira adequada.