quinta-feira, novembro 21, 2024
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Receita líquida da Biomm tem incremento de 36% no primeiro semestre

por Redação
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A Biomm, empresa do setor de biomedicamentos, fechou o primeiro semestre com receita líquida de R$ 65,1 milhões, o que representa um crescimento de 36% em relação ao mesmo período de 2022, quando registrou R$ 47,9 milhões. Segundo a empresa, o aumento está associado ao maior volume de vendas, principalmente nas franquias de oncologia e diabetes.

No primeiro semestre, os volumes comercializados em oncologia — da marca Herzuma, biomedicamento para tratamento de câncer de mama — cresceram 24% enquanto na franquia de diabetes, houve um aumento de 79% devido ao crescimento das vendas do Glargilin, que teve um incremento expressivo de 129% no 1S23 quando comprado ao mesmo período do ano anterior. Somente no segundo trimestre, o Herzuma atingiu 25,8% de market share, crescimento de 9,2% comparado ao mesmo período de 2022.

Já na franquia de diabetes, o Glargilin passou a representar 23,2% do mercado de insulina glargina no 2T23, crescimento de 12,1% contra o mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo mercado público.
“A companhia segue com o processo de ampliação do portfólio de medicamentos biotecnológicos por meio de parcerias e, com a certificação da fábrica de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, pela Anvisa, prevê a produção de medicamentos biológicos para garantir o crescimento sustentável da companhia e a ampliação do acesso da população a terapias avançadas”, afirma Heraldo Marchezini, CEO da Biomm.

O lucro bruto representou um aumento de 36% em relação ao 1S22, alcançando R$ 11,9 milhões no primeiro semestre, ante os R$ 8,8 milhões obtidos em igual período do ano passado. O aumento do lucro bruto deve-se, principalmente, ao aumento de volume de vendas com a substituição de mercado do Wosulin pelo Glargilin e a redução do custo médio de aquisição de produtos.

As despesas gerais e administrativas somadas com despesas de vendas e outras despesas consolidadas da companhia totalizaram R$ 45,8 milhões no primeiro semestre, contra R$ 50 milhões em igual período de 2022. A redução de 8% está ligada à gestão de despesas e caixa, sendo as principais reduções ocorridas em perdas de medicamentos por avarias e validade, despesas com marketing e gastos com infraestrutura.

Já o Ebitda (geração de caixa) no primeiro semestre foi negativo em R$ 28,1 milhões, ante R$ 35,1 milhões negativos em igual período de 2022. A variação se deve, principalmente, ao aumento da receita líquida, à redução do custo médio de aquisição de produtos e à queda das despesas operacionais.

A Biomm segue na gestão contínua do fluxo de caixa e perfil de endividamento. Em razão das necessidades de financiamento das atividades, lançou uma operação de aumento de capital privado que se encontra em andamento. O capital social da companhia poderá ser aumentado em, no mínimo, R$ 35 milhões e, no máximo, R$ 45 milhões, passando dos atuais R$ 637,9 milhões para até R$ 682,9 milhões.

Com o Certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) da fábrica em Nova Lima, concedido pela Anvisa neste ano, a companhia visa produzir, inicialmente, insulina e prevê a produção também de medicamentos biológicos para o tratamento de diferentes enfermidades de maior complexidade.

A fábrica recebeu investimentos de US$ 90 milhões e tem capacidade para produzir o equivalente a até 20 milhões de frascos e 20 milhões de carpules (seringas) de biomedicamentos por ano. Recentemente, a companhia concluiu a produção dos lotes de Glargilin (insulina glargina), que atualmente está em estudo de estabilidade.

Também em 2023, a companhia fechou um acordo exclusivo com a Bio-Thera Solutions para comercialização do anticorpo monoclonal ustequinumabe no Brasil. Este medicamento é usado no tratamento de doença de Crohn (colite ulcerativa), caracterizada pela inflamação do trato gastrointestinal, e da psoríase em placa, que forma lesões avermelhadas e com escamas secas na pele.

“Nossa perspectiva é de expandir e consolidar o portfólio para contribuir com a ampliação do acesso aos tratamentos com biomedicamentos no Brasil. Por ajudarem no equilíbrio financeiro, estes produtos têm um papel fundamental na alocação de recursos para a incorporação de novas tecnologias no âmbito assistencial”, finaliza Heraldo.

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