Grandes catástrofes, como as que ocorreram na Turquia e Síria, colocam as pessoas em risco de uma ampla gama de doenças. As condições insalubres e a falta de acesso à água potável e serviços médicos básicos podem aumentar a incidência de doenças infecciosas, incluindo doenças respiratórias, diarreia e doenças transmitidas por vetores como a malária.
Por isso, as vacinas são uma ferramenta vital para prevenir a propagação de doenças em situações cotidianas e também de desastres. As campanhas de vacinação em massa podem ajudar a proteger as pessoas contra doenças graves e potencialmente fatais, como o tétano, o sarampo, a febre-amarela, entre outras. Além disso, as vacinas também podem ajudar a evitar surtos de doenças, impedindo a propagação de infecções de pessoa para pessoa.
Um dos grandes avanços da ciência é o desenvolvimento de vacinas. Com o objetivo de fortalecer o sistema imunológico, as vacinas estimulam a produção de anticorpos que combatem agentes infecciosos — como vírus e bactérias — e evitam o adoecimento. Além disso, a imunização é uma estratégia imprescindível para a saúde num âmbito geral, uma vez que, ao prevenir a disseminação de doenças, também evita epidemias e pandemias. É uma resposta imune que fortalece a resposta imune individual e coletiva.
A vacinação também é uma forma importante para proteger as populações vulneráveis, incluindo crianças, mulheres grávidas e idosos. Essas populações são especialmente suscetíveis às complicações de doenças devido ao sistema imunológico fraco ou a condições subjacentes. A vacinação ajuda a garantir que essas populações recebam a proteção necessária durante períodos de contágio.
É impossível falar sobre a saúde sem citar as vacinas, pois estar com a vacinação em dia, mais do que uma ação individual, é um pacto pela saúde de toda a comunidade. A importância das vacinas para prevenir doenças graves é inegável, e todas as pessoas devem estar atentas à necessidade de manter o esquema vacinal atualizado. Além disso, é fundamental conscientizar a população sobre a importância da imunização, para que possamos garantir o bem-estar de todos.
Por mais que algumas doenças que podem ser prevenidas por vacinas sejam raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam seguem circulando em outros. Em um mundo tão interconectado como o de hoje, esses agentes podem cruzar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Dessa forma, por exemplo, surgiu os surtos de sarampo em populações não vacinadas na Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Rússia, França, Grécia, Itália, Reino Unido, Sérvia e Suíça, entre outros.
Programas de vacinação bem-sucedidos dependem da cooperação de cada indivíduo para garantir o bem-estar de todas e todos. Não devemos esperar que as pessoas ao nosso redor impeçam a propagação da doença; nós também devemos fazer o que está ao nosso alcance.
Em resumo, as vacinas podem salvar vidas em grandes catástrofes, fornecendo proteção contra doenças graves e potencialmente fatais. É importante que as campanhas de vacinação sejam priorizadas durante situações de desastre, a fim de proteger as pessoas contra doenças e ajudar a evitar surtos. Vacinar é uma atitude responsável e importante para a saúde de todos.
*Marco César Rodrigues Roque, médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, é diretor técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
