A saúde digital preventiva, associada a cuidados coordenados — aqueles realizados por médicos, enfermeiros, educador físico, nutricionista ou psicólogo — tem impactado positivamente na vida dos bebês das futuras mamães. Levantamento da healthtech Conexa concluiu que o trabalho integrado desses profissionais, com o apoio da tecnologia, acarretou redução de 50% de mortalidade e internação neonatal, além de 63% de macrossomia fetal (alto peso ao nascer, que gera complicações sérias) em mães com diabetes gestacional.
O estudo foi feito dentro da base de dados da empresa, com 553 pacientes, entre outubro de 2021 e novembro de 2022. Os dados mostram também que as ações coordenadas geraram economia para o sistema de saúde suplementar, com redução de 62,5% nos custos de internação, equivalente a cerca de R$ 48 mil por paciente.
De acordo com Gabriel Garcez, diretor médico da Conexa, o cuidado digital e individualizado para gestantes de alto risco é capaz de reverter complicações no parto e problemas com os recém-nascidos, além de diminuir o tempo de internação. “Os casos críticos exigem internação de 15 dias em UTI neonatal, em média”, disse. “A medicina preventiva busca, justamente, evitar esses problemas e o uso de recursos de alto custo, como a UTI”, complementou.
Garcez ainda explica que o programa de saúde integral e pré-natal planejado da Conexa teve adesão de 74% das pacientes, quando a amostra geral da população brasileira é de apenas 62%. “Os dados demonstram que todos têm a ganhar com o cuidado coordenado dos pacientes, mais ainda em meio digital, que facilita o acesso para os pacientes, evita filas de atendimento e onera menos o sistema de saúde físico”, conta.