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Inteligência artificial ganha espaço na saúde, mas ainda não é uma realidade para todos

por Ariadne Fonseca
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À medida que a tecnologia continua avançando, a revolução na saúde também. Depois que a inteligência artificial (IA) passou a ganhar espaço em quase todos os dispositivos eletrônicos e plataformas online às quais estamos conectados, especialistas vêm ampliando o potencial de aplicação dessas ferramentas para a transformação do processo diagnóstico, um campo tão importante, do ponto de vista global, e mais preciso a cada inovação da ciência.

Essa tecnologia, que já é aplicada em hospitais e clínicas por todo o mundo, auxilia os médicos e demais profissionais de saúde a compreenderem melhor as condições de seus pacientes, fornecendo conclusões, cuidados e tratamentos mais eficientes. Isso porque, ao analisar grandes volumes de dados de saúde, os algoritmos de inteligência artificial são capazes de identificar padrões e correlações que talvez não sejam óbvios para profissionais de saúde.

Outra maneira pela qual a inteligência artificial pode melhorar os cuidados com a saúde é por meio da análise preditiva para cuidados preventivos. Ao analisar dados dos pacientes ao longo do tempo, é possível identificar tendências e padrões, permitindo aos profissionais de saúde prever potenciais problemas e intervir precocemente, com cuidados preventivos mais eficazes e com a redução da necessidade futura de tratamentos mais caros e invasivos.

A robótica também tem grande representatividade em inovação na saúde. A primeira cirurgia do tipo foi realizada há 15 anos no país. Nos primeiros dez anos, 17 mil procedimentos foram feitos, porém, esse número saltou para 88 mil só nos últimos cinco, o que representa 417% a mais do que quando a tecnologia chegou. E essa é uma técnica que só tende a ser cada vez mais usual, devido à precisão e à possibilidade de realização de cirurgias com menor risco, mesmo em procedimentos mais delicados, o que proporciona uma recuperação mais eficaz e rápida do paciente.

A discussão em torno das possibilidades de oferecer cuidados de saúde personalizados, interdisciplinares e precisos continua em alta e é inegável que a tecnologia tem papel fundamental nessa evolução. No entanto, é importante destacar que nem todas as inovações estão disponíveis para todos. Para que a inteligência artificial, a análise preditiva e as cirurgias feitas por robôs sejam cada vez mais incorporadas na prática médica, é necessário que haja investimento em pesquisa por parte dos setores público e privado.

Afinal, os benefícios de tecnologias inovadoras na área da saúde são muitos. Como já citado, a inteligência artificial pode ajudar a identificar doenças em estágios iniciais, permitindo intervenções mais eficazes. A análise preditiva pode ser utilizada para prever riscos de doenças em determinados grupos de pacientes e ou comunidade, permitindo uma abordagem mais eficaz e a redução com gastos em tratamentos específicos depois de a doença já apresentar sintomas. Quanto às cirurgias por meio de robôs, é possível reduzir o tempo de recuperação e minimizar riscos de complicações, além de permitir a participação de profissionais renomados de diferentes instituições e países no momento cirúrgico e pós cirúrgico.

O Brasil tem um longo caminho a percorrer para criar e desenvolver suas próprias tecnologias inovadoras, por isso é importante que o país invista em pesquisa e desenvolvimento para tornar essas novas ferramentas cada vez mais acessíveis para toda a população. Para isso, as universidades e os centros de referência precisam trabalhar juntos e de forma interdisciplinar para identificar demandas e necessidades que, sem dúvida, afetam a assistência à saúde. É necessário intervir e popularizar meios mais modernos de diagnóstico, tratamento, cuidados e reabilitação para que todos tenham acesso ao direito universal da saúde, garantido, inclusive, pela Constituição. Isso pode ser um desafio, mas é uma meta que vale a pena ser perseguida.

Ariadne Fonseca, coordenadora dos cursos de Enfermagem no Centro Universitário Facens.

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