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Pesquisa evidencia desinformação a respeito do diabetes e suas complicações

por Redação
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Pesquisa Datafolha revela que 5% dos brasileiros julgam necessário seguir orientações médicas para cuidar do diabetes – o mesmo percentual considera uma doença silenciosa, cujos sintomas demoram a aparecer. Em resposta espontânea, apenas 10% dos entrevistados reconheceram que o diabetes pode levar à morte. Além disso, 7% dos entrevistados afirmaram saber que a doença causa cegueira irreversível

O estudo, que evidencia a falta de informação a respeito do diabetes, foi encomendado pela coalizão Movimento para Sobreviver, lançada nesta terça-feira, 24, com projeções no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

O controle também é um fator que torna evidente a lacuna de conhecimento: enquanto 16% dizem que a pessoa com diabetes não pode comer açúcar, apenas 1% reconhece a restrição a carboidratos e 9% julga possível fazer esse controle somente com alimentação saudável e regime.

A menção às complicações segue com os baixos índices. Doenças cardiovasculares, principal causa de morte de quem tem diabetes, foram citadas por apenas 2%. Amputação e problemas na cicatrização são considerados por 4%; aumento do nível de açúcar e de glicose no sangue, 15% e 3%, respectivamente.

A presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dra. Hermelinda Pedrosa, não ficou surpresa com os resultados da pesquisa, sobretudo ao considerar que um quarto das pessoas com diabetes não sabe que tem a doença. “A não informação favorece o diagnóstico tardio e, consequentemente, o avanço de complicações. O paciente, em geral, não sabe dos riscos inerentes, o que é perigoso. O conhecimento deve ser compartilhado, a fim de ampliar o acesso a dados sobre prevenção, por exemplo”.

O diabetes acomete aproximadamente 12,5 milhões de pessoas no Brasil e representa a terceira principal causa de morte no País.

De acordo com o Dr. Augusto Pimazoni Netto, coordenador de Ativos de Comunicação da SBD – Área de Público, a prevenção e o controle não se limitam às intervenções medicamentosas. “A educação, que agora é intensificada pela coalizão, tem importante papel nessa ação. Por meio da divulgação dos mecanismos para lidar melhor com a doença, pode-se auxiliar o paciente a cuidar do diabetes. A iniciativa evidentemente aumentará a probabilidade de reduzir a incidência de complicações dessa patologia”.

A coalizão congrega sociedades médicas, ONGs e farmacêuticas, lançando o Movimento Para Sobreviver nesta terça-feira, no Rio de Janeiro/RJ. Além da SBD, também integram as ONGs Associação Diabetes Brasil (ADJ), Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Instituto Lado a Lado Pela Vida, Rede Brasil AVC, Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly do Brasil.

O grupo visa incitar a reflexão referente à oferta de drogas modernas para idosos com diabetes e doenças cardiovasculares – assim, o objetivo é reduzir a mortalidade e evitar os altos custos do tratamento.

Sobre a SBD

Filiada à International Diabetes Federation (IDF), a Sociedade Brasileira de Diabetes é uma associação civil sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1970, que trabalha para disseminar conhecimento técnico-científico sobre prevenção e tratamento adequado do diabetes, conscientizando a população a respeito da doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Também colabora com o Estado na formulação e execução de políticas públicas voltadas à atenção correta dos pacientes, visando a redução significativa da doença no Brasil.

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