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BP utiliza robô em procedimento para evitar parto prematuro

por Redação
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A BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde do país, passou a ser a segunda instituição no mundo a realizar a cerclagem uterina por meio de procedimento minimamente invasivo, por meio da plataforma Versius. A cirurgia consiste em colocar uma fita ao redor do colo uterino, na parte interna da cavidade abdominal, para evitar que a paciente tenha partos prematuros ou abortos de repetição. Até então, apenas a Australia havia realizado a cirurgia.

Esse procedimento é indicado para mulheres que têm histórico de perdas gestacionais, dilatação indolor do colo uterino, colo do útero curto (com menos de 25 milímetros antes das 24 semanas da gravidez), histórico de parto prematuro ou perdas espontâneas. A técnica também pode ser realizada antes da gravidez, de forma preventiva, chamada de cerclagem profilática. “Atualmente, a cirurgia robótica é uma realidade no mundo. Vemos na prática como a redução do índice de complicações e do tempo de operação influenciam positivamente a recuperação pós-operatória” explica Marcelo Vieira, médico cirurgião da BP.

Todo o procedimento, minimamente invasivo, é feito utilizando joysticks da plataforma robótica Versius. Na prática, a equipe médica faz as incisões necessárias para inserir as cânulas na paciente e o cirurgião opera por meio dos “braços” robóticos guiados pelos controles, enquanto observa um monitor de alta resolução (HD). “Após a cirurgia, a paciente é levada para a sala de recuperação e o médico determina o tempo de internação. Como seguimos os protocolos mundiais para garantirmos uma rápida recuperação, trabalhamos para que as pacientes sejam liberadas em poucas horas, o que chamamos de alta precoce. Essa primeira paciente, em especial, teve alta após sete horas de cirurgia, seguindo o protocolo internacional ERAS (Enhanced Recovery After Surgery)”, explica Vieira.

No entanto, o médico pontua que os cuidados pós-operatórios podem variar. Se a paciente estiver gestante, por exemplo, o especialista fará o acompanhamento junto com o obstetra e, a qualquer sintoma anormal, como dor abdominal intensa, cólicas ou sangramentos, precisará voltar imediatamente ao hospital para avaliação. Para aquelas que não estão grávidas, o risco de alguma complicação é relativamente baixo.

De acordo com o médico, a retirada da cerclagem no pós-parto não é indicada, porque a fragilidade do canal uterino é permanente. “Primeiro, vale ressaltar que essas mulheres não poderão ter um parto normal por conta dos riscos que o problema impõe, sendo necessário realizar uma cesárea agendada. Depois, a paciente é encaminhada para a cirurgia, porque tem dificuldade de manter ou ter uma gestação. Se ela desejar engravidar novamente, o trabalho de contenção do colo do útero já estará feito”, afirma Vieira.

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