O mercado de planos de saúde nacional se manteve em crescimento no ano passado, apesar das incertezas e desafios econômicos. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o setor encerrou o período com mais de 50,2 milhões de beneficiários. Porém, para os consumidores, as dificuldades operacionais encontradas por muitos deles na hora de cobrir tratamentos de doenças como o câncer ou outros procedimentos de alta complexidade, ainda se mantiveram como problema a ser resolvido e abriram espaço para uma visão mais ampliada sobre a necessidade de se obter um “plano B” ou novas alternativas para determinadas situações.
Uma alternativa é o seguro para gastos médicos maiores, produto com muitos segurados na América Latina e muito difundido em países da América Central e México, onde é comum as pessoas viajarem para outros países para receber tratamento médico mais adequado, como, por exemplo, os EUA.
De acordo com Luiz Eduardo Halembeck, sócio fundador do Experts Lab, primeiro laboratório de seguros do mundo, que identificou as principais necessidades da população de alta renda quando o assunto é o acesso ao atendimento médico. “Hoje o brasileiro enfrenta limitações na cobertura de alguns procedimentos mais modernos, como também limites no valor de honorários médicos pelas operadoras, fazendo com que as coberturas sejam parciais. O seguro para gastos médicos maiores entra como uma possibilidade de garantir acesso a grandes instituições médicas ao redor do mundo, por meio do formato livre escolha e cobertura integral”, aponta.
Existem clientes de alta renda que escolhem como sua única cobertura médica, como também em muitos casos clientes que utilizam como uma cobertura adicional ao produto local, vindo a cobrir suas limitações de cobertura, como rede credenciada, honorários médicos e procedimentos, explica Halembeck, que acumula mais de 25 anos de experiência na área.
Conceito stop loss
O seguro para gastos médicos maiores tem muita procura por expatriados, clientes com residências fora do Brasil, entre aqueles que viajam com frequência ou com domicílio fora de São Paulo, profissionais da área médica e executivos em transição de carreira, pois segue a linha do conceito “stop loss” — ou interrupção de perdas, na tradução livre —, ao utilizar a franquia como estratégia de divisão do risco e consequente redução do custo fixo. O segurado pode escolher onde quer fazer o seu tratamento, seja em hospitais renomados nos EUA, Europa ou em hospitais de primeira linha no Brasil, como por exemplo em São Paulo, local conhecido como polo de turismo médico na América Latina. O Segurado poderá ter acesso a todos os recursos de ponta.
A cobertura da apólice de gastos médicos maiores tem foco em diagnósticos desconhecidos na hora da contratação. “Um dos pontos altos deste produto é que sua garantia é vitalícia, ou seja, o segurado não tem que conviver com o risco de ter seu plano cancelado pela operadora de saúde em qualquer momento da vida”, explica Halembeck.
Uma vez que o procedimento é clinicamente necessário e autorizado pelo FDA nos EUA, o segurado tem livre escolha de local e prestador para seu atendimento. De acordo com Halembeck, pessoas com até 74 anos podem contratar o produto. Ele conta o caso do sobrinho de um cliente que teve câncer raro com oito anos e foi fazer tratamento nos EUA. “Em dois anos ele estava curado, mas os gastos ultrapassaram US$ 1,2 milhão. Com o seguro, ele teria gastado somente o valor da franquia. A gente nunca sabe quando uma doença grave pode bater em nossa porta.”
Para o empresário, o avanço de produtos como o seguro para gastos médicos maiores é algo sem volta. “O setor precisa de inovação, principalmente o de saúde. As pessoas são diferentes, com necessidades diferentes. Não se pode enquadrar um cliente dentro de uma ‘caixinha de produtos’ com uma solução padrão. Precisamos ter uma visão holística das reais necessidades de quem nos busca.”
Segundo Halembeck, o Experts Lab é totalmente disruptivo e pode ser considerado um novo paradigma para o mercado securitário. “Não criamos a roda, mas estudamos as estratégias, elencamos problemas e usamos a engenharia reversa para pensar novas soluções”, conclui.