quinta-feira, novembro 21, 2024
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Grupo Fleury desenvolve teste de diagnóstico inédito a partir da detecção de proteínas do novo coronavírus

por Redação
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O Grupo Fleury coloca em rotina teste inédito de diagnóstico da COVID-19 que analisa proteínas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) diretamente de amostras clínicas do trato respiratório. Assim como o teste molecular, além de ser um método altamente confiável e servir como alternativa para falta de insumos do exame RT-PCR considerado padrão-ouro, o teste por proteômica desenvolvido totalmente in house, e em tempo recorde de apenas dois meses pela área de Pesquisa e Desenvolvimento, consegue democratizar o acesso a todos os públicos em diferentes regiões do Brasil. A descoberta inaugura caminho, paralelamente, para expandir análises de fisiologia do vírus e seu potencial infectante, abrindo oportunidade para novas perspectivas da dinâmica da doença no mundo.

Também recomendado para pessoas que apresentam nos primeiros três a sete dias os sintomas da COVID-19, o teste é realizado a partir de amostra de raspado (swab) de nasofaringe ou orofaringe – material obtido da mucosa do fundo do nariz ou da garganta com uma haste flexível (cotonete estéril). O exame apresenta sensibilidade próxima ao do RT-PCR que detecta o RNA do vírus, mas o processamento do teste por proteômica é totalmente automatizado, reduzindo os riscos na manipulação das amostras, no tempo de análise e mantendo a confiabilidade dos resultados.

O teste diagnóstico que analisa proteínas do vírus se destaca neste momento da pandemia pela maior estabilidade das amostras que podem ser transportadas em temperatura ambiente, ampliando o acesso ao teste a regiões remotas. Trata-se de uma triagem de alto rendimento, que tem o potencial de analisar mais de 1.500 amostras por dia, o que pode duplicar a capacidade do que já é o usado como referência no Grupo Fleury e proporcionando rapidez na detecção da doença e controle na expansão de casos.

“O método por proteômica é uma vantagem para o consumidor final, bem como para laboratórios com dificuldades de armazenamento das amostras a temperaturas adequadas e transporte. Sua tecnologia apresenta alta especificidade, o que abre perspectiva para uma alternativa de testagem em massa com alto rendimento, possibilitando encontrar a solução de como fazer a saída gradual e segura do isolamento social”, explica Dr. Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury. “A vantagem do teste por proteômica é que os seus reagentes não competem com os do RT-PCR. A possibilidade de detectar um novo marcador além do RNA abre novas perspectivas no seguimento da dinâmica do vírus e seu potencial infectante”, completa.

O teste por proteômica do Grupo Fleury está disponível para os hospitais, laboratórios e clínicas em regiões distantes dos grandes centros do País. O resultado fica pronto em três dias úteis.

Entenda como funciona o teste por proteômica da COVID-19

Derivada da tecnologia de espectrometria de massas, ferramenta já utilizada há quase 20 anos no Fleury e que se tornou o padrão ouro para diversas aplicações clínicas, a proteômica direcionada emergiu como uma alternativa aos imunoensaios para análise de proteínas por ser mais específica de desenvolvimento mais rápido, comparado ao tempo necessário para produção de novos anticorpos. Nessa técnica, as proteínas são extraídas por partículas magnéticas e digeridas em moléculas menores, os peptídeos. A mistura de peptídeos é submetida a um processo automatizado de cromatografia, que promove a purificação e separação dos peptídeos por polaridade. Em seguida, os peptídeos são identificados por espectrometria de massas. A técnica consiste na ionização dos analitos, separação por relação massa/carga e detecção das partículas carregadas. Com os resultados de vários desses peptídeos, a proteína é identificada. Assim, em caso de resultado positivo para a presença de proteína do vírus na amostra, a suspeita da COVID-19 é confirmada.

Para determinar a influência da temperatura na estabilidade das proteínas alvo, as amostras armazenadas a 21°C, 4°C e -20°C foram comparadas com amostras armazenadas a -80°C. As amostras armazenas em solução de salinas estéreis permaneceram estáveis, mesmo à temperatura ambiente, por até cinco (5) dias, enquanto as amostras dos meios de transporte de vírus exigiram armazenamento a 4°C – a grande vantagem do método por proteômica frente ao processo do teste RT-PCR que exige armazenamento em gelo seco e baixa temperatura e frente à logística de transporte de regiões afastadas até a unidade onde será processado.

O teste por proteômica do Grupo Fleury foi validado usando 562 amostras previamente analisadas por RT-PCR em tempo real e foi capaz de detectar mais de 83% dos casos positivos. O artigo sobre o teste está sendo avaliado pelo processo de peer review por uma importante revista científica e seu preprint já foi disponibilizado para a comunidade científica, atingindo quase três mil visualizações por cientistas e profissionais de saúde.

O teste COVID-19MS é o quarto produto desenvolvido a partir da expertise em proteômica acumulada por quase dez anos na área de Pesquisa & Desenvolvimento do Grupo Fleury. O primeiro exame utilizando a técnica, colocado em rotina desde 2018, foi o da dosagem de cromogranina A – um importante marcador de tumores neuroendócrinos. Outros dois exames que vieram na sequência e estão disponíveis são amiloidose (voltada ao diagnóstico de doenças de depósito) e tiroglobulina (indicado para a detecção de câncer de tiroide residual). A empresa foi a primeira a incorporar a técnica proteômica em medicina diagnóstica no Brasil e segue sendo o único grupo a fornecer testes baseados nessa tecnologia que confere altíssima confiabilidade nos resultados.

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