quinta-feira, novembro 21, 2024
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Recursos digitais potencializam eficiência e economia ao setor de saúde

por Colaboradores
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Modelos de negócios ultrapassados estão começando a demonstrar sinais saturação. Até mesmo os setores mais tradicionais demonstram, ano a ano, o quanto os padrões vigentes da indústria estão se tornando insustentáveis, evidenciando a importância da tecnologia aos processos operacionais.

Recentemente, a Microsoft anunciou o primeiro vertical em seus serviços de nuvem. Trata-se da Azure for Health, uma iniciativa que pode ajudar a conter o crescimento inflacionado dos gastos americanos no setor de saúde. Para se ter uma ideia do tamanho do desafio, um relatório publicado no JAMA (Journal of The American Medical Association) no fim do ano passado, indica que cerca de 25% dos gastos anuais com saúde nos Estados Unidos são considerados desperdício – o valor é estimado em US$ 760 bilhões por ano.

Entre os principais fatores relacionados ao problema estão os custos administrativos, fraude e abuso, tratamento excessivo ou cuidados de baixo valor, alta precificação dos medicamentos e falhas na coordenação do atendimento e na prestação de cuidados. A maior fonte de desperdício são as complexidades administrativas, que incluem tempo e recursos dedicados ao faturamento e geração de relatórios para seguradoras e programas públicos, totalizando prejuízos de US$ 266 bilhões por ano.

Ao que tudo indica, a estratégia da Microsoft parece ter sido elaborada para combinar conectividade – coletando informações de devices e prestadores de serviço -, poder de armazenamento e processamento para gerar insights para melhor condução dos serviços médicos. Para cumprir seu propósito, todas as trocas de informações acontecem em observância ao padrão FHIR.

Um ponto interessante na abordagem da companhia é que ela está de acordo com um padrão recorrente de uso da nuvem para acelerar iniciativas relacionadas com Inteligência Artificial. Além disso, está sincronizada com uma verdadeira explosão de aplicativos e startups destinadas ao setor de saúde que, embora absolutamente regulado, é um oceano de oportunidades.

O fato é que os modelos de negócios dos prestadores da área médica baseados em volume estão próximos de atingir seus limites. A tecnologia tem mostrado alternativas interessantes e, como visual, o desafio a ser superado parece ser cultural: profissionais da área terão de migrar de uma realidade na qual atuam com total autonomia para outra, onde a base é a colaboração. Entretanto, o caminho parece sem volta. No lugar de cobrar muito, de poucos, o caminho será cobrar pouco de muitos – sempre com apoio da tecnologia.

Neste sentido, se uma atividade puder ser automatizada, ela será. A transformação que começa a impactar o setor médico já é realidade em outros setores e, em breve, será ainda mais abrangente. Este cenário vai de encontro ao que previu Marc Andreessen, um dos mais renomados investidores do Vale do Silício e cofundador da empresa de venture capital Andreessen Horowitz, que em 2011 afirmou que toda empresa terá como competência core desenvolver software ou ela se tornará irrelevante.

Por fim, lideramos pela mudança alterando a forma como lideramos. Quanto menor for a resistência à demanda pela transformação, menores serão os riscos às empresas e maiores serão as oportunidades. Deste modo, ignorar essa tendência não resolve.

Elemar Júnior, CEO da ExímiaCo.

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