Considerada uma avaliação independente e externa, a Organização Nacional de Acreditação (ONA) tem como objetivo indicar se a instituição avaliada atende a padrões que garantem excelência no cuidado ao paciente e na experiência dos profissionais de saúde. A acreditação, gerenciada por Instituições Acreditadoras Gerenciadas (IACs), identifica o nível de qualidade, segurança e maturidade da gestão hospitalar.
Dividida em três categorias (Acreditado/Nível 1; Acreditado Pleno/Nível 2; e Acreditado com Excelência/Nível 3), a acreditação ONA avalia, inicialmente, os padrões de qualidade, segurança e requisitos do CORE (conjunto de normas fundamentais para a assistência segura).
Para avançar de nível, é necessário que a instituição, além de seguir os requisitos da primeira etapa, conte com processos de gestão bem integrados e com comunicação fluida entre os setores. E, finalmente, para conquistar o terceiro e último nível ONA, é preciso comprovar a presença de uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade na gestão.
“Nos níveis avançados da acreditação ONA, a tecnologia se torna aliada essencial da gestão. Afinal, através de ferramentas digitais, as instituições ganham com automatização de processos, redução de falhas e redirecionamento de recursos e acompanhamento de indicadores para as tomadas de decisão assertivas. Todas essas vantagens somadas contribuem, e muito, para a conquista desse reconhecimento tão importante para o mercado da saúde”, sinaliza Kele Dias, executiva de negócios da CeosGO, empresa com a missão de transformar a gestão das empresas através de softwares que simplificam fluxos e a administração.
Atualmente, das mais de 380 mil organizações de saúde registradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), 2.035 são acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,1% das certificações, o que corresponde a mais de 1.700 instituições, sendo 430 hospitais. Dos 380 mil serviços de saúde cadastrados no CNES, 0,45% das instituições de saúde são certificadas no Brasil.
Para a executiva de negócios da CeosGO, essa baixa aderência à busca pela acreditação e, consequentemente, pela maturidade da gestão hospitalar reflete negativamente no cuidado ao paciente. É tanto que, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre agosto de 2023 e julho de 2024, o Brasil contabilizou mais de 295 mil falhas na assistência à saúde.
“Através do investimento em tecnologias de automação que reduzem/eliminam a ocorrência de quase-falhas em setores como Farmácia e Segurança do Paciente, por exemplo, o hospital ganharia mais agilidade e eficiência operacional. Além disso, passaria mais segurança ao usuário – uma vez que, através do compartilhamento de dados entre eles, a quase-falha seria evitada antes de chegar ao paciente”, complementa.
Assim, em uma realidade na qual a busca pela excelência da qualidade assistencial e operacional na saúde já é um fato, contar com reconhecimentos como a acreditação ONA pode ser um diferencial estratégico na forma como o mercado externo “observa” a cultura institucional do ambiente hospitalar.