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Hospital São Lucas Copacabana implanta Unidade Intensiva Neurológica

por Redação
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas são afetadas por doenças neurológicas, que podem causar danos e lesões diferentes ao cérebro, à medula espinhal, às raízes nervosas do sistema nervoso autônomo e às junções neuromusculares. Entre essas enfermidades, estão o AVC, a epilepsia, as demências, sendo a doença de Alzheimer o diagnóstico mais comum; e a prevalência de enxaqueca, que em âmbito global, é em torno de 10%.

Para ampliar a linha de cuidado ao volume crescente de pacientes neurológicos, o Hospital São Lucas Copacabana, que no Rio de Janeiro faz parte da Dasa, a maior rede de saúde integrada do Brasil, acaba de inaugurar a Unidade Intensiva Neurológica. Dedicada aos pacientes com doenças neurológicas em estágio complexo, conta com nove leitos de internação.

O espaço, equipado com tecnologia de ponta para investigação diagnóstica e monitoramento, possui equipes de intensivistas e enfermagem treinadas nos protocolos internacionais de atendimento ao portador das patologias do sistema nervoso central. Além disso, a fisioterapia no leito intensivo dispõe de equipamentos modernos, como os de realidade virtual e eletroestimulação sincronizada, que incitam a atividade muscular para a reabilitação das possíveis sequelas neurológicas.

Aline Affonso, médica coordenadora das unidades intensivas do São Lucas Copacabana, destaca a importância do novo setor na jornada do paciente neurológico. “Desde a entrada do paciente no hospital, por meio de nosso Serviço de Emergência, temos processos definidos para identificar, com agilidade, os portadores de doenças neurológicas e cuidar deles. Nos andares, temos equipes de neurologistas que acompanham os pacientes, e agora contamos com uma UTI segmentada na área, cujo head será o ph.D. em neurointensivismo médico Bruno Gonçalves Silva, que vai cuidar tanto dos pacientes que realizam neurocirurgias quanto dos outros casos de alta complexidade”, explica a médica.

O AVC, hoje, é considerado a segunda causa de morte no mundo e a terceira causa de morte e incapacitação combinada, de acordo com o relatório Global Burden of Disease de 2021. No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que, a cada cinco minutos, uma pessoa morre em decorrência da doença, o que soma mais de 100 mil mortes todos os anos.

A coordenadora do Serviço de Emergência do São Lucas Copacabana, médica Daniela Malta, destaca que o setor tem protocolos bem definidos para identificação e atendimento das doenças neurológicas e, no caso de AVC, conta também com o projeto Telestroke, serviço disponível 24 horas, todos os dias, que garante rapidez e assertividade na conduta médica, por meio de ferramenta de integração com a equipe de neurologia remotamente, com acesso visual ao paciente por vídeo e com integração simultânea aos exames de imagem dele.

“O tempo num episódio de AVC é fundamental porque, a cada segundo, desde o início dos sintomas, as perdas no tecido cerebral (neurônios e outras estruturas) vão aumentando. Por isso, quanto mais rápido o paciente chega a uma emergência com protocolos dedicados à doença, mais chances ele tem de sobreviver e não ter sequelas. Os sintomas do AVC começam de forma súbita. Por isso, saber identificá-los é primordial: perda de força ou dormência de um lado do corpo e dificuldade para falar ou alteração da mímica facial [lábio desviado ou sorriso assimétrico] são sinais que podem melhorar espontaneamente ou surgir ao acordar. Em todos os casos, o atendimento emergencial é recomendado, e saber exatamente para onde ir quando surge a suspeita do problema é crucial”, alerta a coordenadora.

Para o médico André Corrêa, diretor-geral do São Lucas Copacabana, contar com uma linha de cuidado exclusiva em neurologia garante o melhor prognóstico. “Desenhamos um fluxo específico para que o tempo de resposta ao paciente neurológico seja de excelência em todos os pontos de contato: pronto-socorro, ambulatório, internação, cirurgia e agora com a nova UTI dedicada. Mapeamos a necessidade desse perfil de pacientes, incluindo toda a interface de serviços, como diagnóstico, medicina intervencionista e reabilitação, por exemplo, para garantir um atendimento resolutivo e o melhor desfecho clínico possível”, finaliza.

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