segunda-feira, junho 30, 2025
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Aprovado pela Anvisa, Olire amplia acesso a tratamento da obesidade no Brasil

por Redação
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A farmacêutica EMS lançou os medicamentos Olire e Lirux, primeiros análogos de GLP-1 desenvolvidos e produzidos integralmente no Brasil. Aprovados pela Anvisa, os produtos chegam ao mercado com promessa de ampliar o acesso a tratamentos de obesidade e diabetes tipo 2, com preço até 20% mais acessível em relação às marcas importadas.

Olire é indicado para o tratamento da obesidade, enquanto o Lirux é voltado ao controle do diabetes tipo 2. Ambos utilizam a liraglutida, molécula sintética que imita o hormônio intestinal GLP-1, responsável por promover saciedade, retardar o esvaziamento gástrico e regular os níveis de glicose.

Segundo o médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo, a chegada de um análogo de GLP-1 fabricado no Brasil representa um avanço no acesso e na continuidade do tratamento. “Representa autonomia científica, expansão do acesso e continuidade terapêutica para milhares de pacientes que hoje precisam interromper o tratamento por questões financeiras”, afirma.

A liraglutida já era utilizada no país por meio de medicamentos importados, o que restringia seu uso. Com a produção nacional, a EMS busca ampliar a oferta, especialmente considerando que a obesidade atinge mais da metade da população brasileira, conforme dados da Organização Mundial da Saúde.

A nova opção se soma a outros medicamentos disponíveis no mercado, como semaglutida (Ozempic/Wegovy) e tirzepatida (Mounjaro). Apesar de exigir aplicação diária, a liraglutida apresenta perfil de segurança e tolerabilidade considerado favorável, além de permitir individualização do tratamento.

Os análogos de GLP-1 são indicados para pacientes com obesidade grau 1 (IMC acima de 30), ou para pessoas com sobrepeso (IMC entre 27 e 29,9) que tenham comorbidades, como hipertensão e diabetes. A substância não é recomendada para pessoas com histórico de pancreatite, câncer medular de tireoide, gestantes, lactantes e crianças sem indicação médica específica.

O lançamento dos medicamentos também abre caminho para novos desenvolvimentos. A EMS planeja lançar, em 2026, uma versão nacional da semaglutida, após a expiração da patente da substância.

“Estamos diante de uma transformação na forma como tratamos a obesidade no Brasil. Com mais acesso, mais ciência e mais responsabilidade, conseguimos não só emagrecer, mas transformar a saúde de verdade”, conclui o Dr. Ronan Araujo.

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