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Cannabis Medicinal: Oportunidade de negócio para farmácias e drogarias

por Kali Nardino
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Em 2017 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o primeiro registro no Brasil de medicamentos à base de Cannabis, e no ano de 2020, autorizou o primeiro produto por meio da RDC 327, de 2019. Essa é uma Resolução que trata de regulamentações e normas relacionadas à vigilância sanitária e representou um marco significativo para o acesso ao tratamento com produtos à base de Cannabis no Brasil. Isto foi também um grande avanço para o mercado de Cannabis medicinal no segmento farmacêutico, pois abriu portas para farmácias e drogarias, transformando-o em um modelo de negócios promissor.

Com isto, as indústrias, antes de comercializar para os varejistas, precisaram provar para a ANVISA alguns pontos como a qualidade de produção, estudos de estabilidade, autorizações sanitárias, atestando que os produtos são seguros e eficazes, é claro que isto deu muita segurança para os prescritores.

Esta facilidade de acesso aos produtos, contribuiu para o aumento da adesão na fase inicial de tratamento, bem como para melhorar a aderência contínua, ou seja, a utilização do tratamento sem interrupções devido ao que ocorria antes da RDC, tais como problemas com a importação direta, resultando em benefícios significativos ao resultado do tratamento para os pacientes.

Acredito que esta mudança auxiliou em primeiro lugar, a classe médica, pois assegura um padrão de qualidade e segurança na prescrição, uma vez que apenas produtos com grau farmacêutico foram permitidos ser comercializados nas farmácias e drogarias.

A utilização da Cannabis medicinal tem se mostrado eficaz no tratamento de diversas condições, como epilepsia, dores crônicas, ansiedade e insônia. Ao oferecer essas opções de tratamento, as farmácias não apenas ampliam seu portfólio de produtos, mas também se posicionam como parceiros na busca por soluções de saúde personalizadas.

Com a implementação da RDC 327 os pacientes foram beneficiados com a simplificação no processo de compras, uma vez que após a consulta, basta que o paciente ou responsável vá até a farmácia, onde será efetuada a dispensação dos produtos a base de Cannabis, com a entrega da receita azul, o que proporcionou eficiência e agilidade no processo, pois não há necessidade de autorização especial do governo ou processo de importação, que é demorado.

Quem aproveitou muito bem esta oportunidade, foram as grandes redes de farmácias, como Droga Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo, entre outras, que estão colhendo os frutos desse novo mercado, em franca expansão. Segundo a BRCann, com base em dados do IQVIA, as vendas de produtos à base de Cannabis apresentaram um crescimento impressionante de mais de 300% no varejo farmacêutico.

Muito além do aspecto econômico, as indústrias e o especialmente o varejo farmacêutico têm a oportunidade de desempenhar um papel fundamental na redução do estigma ou preconceito associado à Cannabis. Por outro lado, as farmácias têm a oportunidade de desempenhar um papel essencial na educação relacionada ao uso da Cannabis medicinal. Ao se tornarem estabelecimentos de saúde comprometidos com a conscientização sobre o uso medicinal da cannabis, as farmácias contribuem para desmistificar o uso da planta ou de seus derivados, bem como auxiliar os pacientes que não obtiveram respostas satisfatórias em tratamentos convencionais.

Para as indústrias farmacêuticas, esse novo cenário representa uma oportunidade única para impulsionar o faturamento. Um exemplo disso são os produtos como o extrato full spectrum da Endogen, importado da Suíça, é uma excelente opção para as farmácias, pois além do custo-benefício, possui qualidade farmacêutica, o que assegura segurança para os pacientes, está apresentando crescimento constante nas vendas e número de prescrições, de acordo com auditorias do mercado farmacêutico.

O crescimento expressivo nas vendas de Cannabis medicinal no varejo não apenas reflete a aceitação crescente dessa forma de tratamento, mas também destaca a importância estratégica das farmácias nesse novo cenário. Ao aproveitar essa oportunidade, as redes farmacêuticas podem não apenas impulsionar seus resultados financeiros, mas também desempenhar um papel fundamental na promoção de uma abordagem mais aberta e informada em relação à Cannabis medicinal no Brasil.

Kali Nardino, Chief Marketing Officer da Endogen.

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