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A eficácia da assinatura eletrônica no segmento médico

por Raquel Trindade
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A pandemia de 2020 representou um ponto de virada significativo na forma como a tecnologia foi integrada no setor médico. Diante dos desafios que a crise de saúde pública impôs, a medicina se adaptou e incorporou inovações tecnológicas de maneira sem precedentes. Uma das mudanças mais notáveis após o período pandêmico foi a proliferação da telemedicina, com a capacidade de realizar consultas médicas virtualmente, de modo a permitir um acesso mais amplo aos cuidados e reduzindo as barreiras geográficas. Segundo o Grand Research Review, em 2022, o mercado global de telessaúde faturou US$ 83,5 bilhões. E, segue projetado para expandir ainda mais com um crescimento anual de 24% até 2030.

Outro fato que afirma esse avanço, de acordo com a pesquisa Panorama das Clínicas e Hospitais, realizada pela Doctoralia em parceria com a TuoTempo, 63% dos centros médicos oferecem atendimento por telemedicina, demonstrando a força e a importância que esse recurso está tendo e que ainda terá nos próximos anos.

Analisando esse cenário vemos que a pandemia destacou a importância da digitalização do segmento e a necessidade de integração da tecnologia para facilitar os processos de tratamento dos pacientes. Em virtude disso, à medida que as tecnologias continuam a evoluir em um mundo cada vez mais digital, as formas tradicionais de prestação de cuidados de saúde ficarão cada vez mais obsoletas. É diante dessa circunstância que a gestão de contratos também tem se destacado.

Antes da pandemia, a assinatura em papel ainda era comum em muitos aspectos nos cuidados da saúde, incluindo prescrições, receitas, consentimentos informados e registros médicos. No entanto, o período acelerou a transição para a assinatura eletrônica, trazendo uma série de benefícios, sanando muitas das dores enfrentadas pelos profissionais dessa categoria.

Para se ter uma ideia, um estudo realizado pela McKinsey & Company relatou que a implementação da assinatura eletrônica pode reduzir o tempo médio de conclusão das documentações em até 70%. Por meio da praticidade, a tecnologia tem se mostrado capaz de reduzir drasticamente os gastos excessivos com procedimentos estruturais e administrativos do setor, sejam eles desde a contratação, renegociação de serviços, até o gerenciamento de documentos médicos e de fornecedores. Ela permite que os profissionais obtenham o aval dos pacientes de forma remota, agilizando o processo de admissão e internação, o que é fundamental em situações de emergência.

Tais melhorias são possíveis porque torna os procedimentos burocráticos mais ágeis e eficientes, além de proteger de maneira mais efetiva a integridade dos documentos, uma vez que é difícil de alterar ou falsificar, já que se apropria da criptografia avançada, minimizando o risco de fraudes ou vazamentos.

A assinatura eletrônica também facilita o compartilhamento de informações médicas entre diferentes partes interessadas. Quando os profissionais de saúde podem assinar eletronicamente documentos como relatórios de alta, por exemplo, a comunicação e a coordenação dos cuidados entre diferentes departamentos situados em clínicas e hospitais se tornam mais eficazes. Isso é essencial para a prestação de cautelas contínuas e o acompanhamento de pacientes após a alta hospitalar.

Assim, por meio da tecnologia, médicos e pacientes passam a ter acesso a laudos, atestados e outras documentações de forma imediata e muito mais segura. Outro ponto importante está na possibilidade de realocação de profissionais da equipe administrativa, que antes acabavam restritos a atividades meramente burocráticas, como imprimir e preparar formulários e contratos. Com o uso da tecnologia, é possível direcioná-los para outras ocupações mais estratégicas e funcionais, trazendo eficiência e agilidade para os processos internos de organizações médicas.

Diante de todas essas aplicações, podemos afirmar claramente que uma instituição médica que não instituiu o uso da assinatura eletrônica não só atua com custos administrativos elevados, como também pode não encontrar facilmente seus documentos em momentos de necessidade.

Além disso, existem riscos atribuídos às falhas humanas, seja na gestão da assinatura como na própria escrita/criação dos registros, algo que se torna ainda mais grave quando tratamos de documentos direcionados à área da saúde.

Ou seja, a verdade é que a adesão da assinatura eletrônica se mostra mais um passo fundamental rumo à modernização do segmento. À medida que o setor continua a evoluir, é essencial que as instituições de saúde continuem a abraçar essas tecnologias inovadoras para fornecer atendimento de qualidade e seguro aos pacientes e a todos os envolvidos. A gestão contratual é um exemplo notável de como a tecnologia pode melhorar a eficiência e a segurança dos cuidados médicos, garantindo que os pacientes tenham a melhor experiência possível enquanto cuidam de seu bem-estar.

Raquel Trindade, Chief Business Officer da Clicksign.

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