Em 5 de agosto, celebramos o Dia Nacional da Saúde, contudo, trago aqui uma reflexão para além dos cuidados clínicos: você já parou para pensar o quanto uma má gestão de contratos pode impactar a experiência e o bem-estar de um paciente?
Digitalizar e automatizar processos não é apenas uma questão de eficiência, é uma necessidade para garantir um cuidado mais humano e seguro para médicos e pacientes, zelar por dados sigilosos e tornar mais leve um momento que, muitas vezes, já é delicado por natureza.
Hospitais, clínicas, laboratórios e planos de saúde lidam, diariamente, com uma imensa quantidade de contratos e documentos, que vão desde termos de consentimento e autorizações de convênios, até mesmo prontuários, contratos com fornecedores, médicos e muitos outros. Quando esses processos são manuais, burocráticos e desorganizados, o impacto transcende as áreas jurídica e administrativa, ele atinge diretamente o paciente, que aguarda um atendimento ágil e eficaz.
Já vi instituições enfrentando atrasos em internações por conta de contratos que não foram localizados a tempo. Exames ou cirurgias que não foram autorizados porque uma assinatura ficou pendente ou ilegível, disputas contratuais que colocaram o paciente em uma situação de incerteza ou exposição.
Esses problemas não são casos isolados, segundo a pesquisa Digital Health Trends 2023 da PwC, mais de 60% das instituições de saúde brasileiras ainda enfrentam gargalos em processos administrativos relacionados à documentação e autorizações, o que impacta diretamente o tempo e eficácia dos atendimentos aos pacientes.
Além disso, uma auditoria realizada pelo TCU, em 2022, revelou que falhas operacionais e ausência de controle digital em contratos e prontuários comprometeram a eficiência de hospitais em pelo menos 11 estados, elevando o problema à nível público.
A falta de integração entre sistemas, a ausência de automação e o uso predominante de documentos impressos não só aumentam os custos, como também ampliam os riscos jurídicos e operacionais, especialmente em ambientes onde a agilidade pode significar salvar vidas. Infelizmente, essa ainda é a realidade de muitas organizações que não digitalizaram ou integraram seus processos.
Acredito que a tecnologia pode e deve ser uma aliada estratégica na jornada do paciente. Ao adotarmos soluções de assinatura eletrônica e automação contratual, reduzimos drasticamente o tempo gasto com burocracias, eliminamos riscos operacionais e garantimos mais segurança jurídica e conformidade com a LGPD.
Mais do que tudo, é crucial devolver o protagonismo do paciente por meio de processos mais eficientes, transparentes e seguros. Dessa forma, podemos nos concentrar no que realmente importa: o cuidado com as pessoas. A saúde precisa, sim, ser humana, e a digitalização de processos se torna uma aliada nesse processo.
Rafael Figueiredo, fundador e CEO da D4Sign by Zucchetti.
