A instabilidade no comércio internacional, intensificada pelo anúncio de novas tarifas dos Estados Unidos a diversos parceiros comerciais, abre uma janela de oportunidade para o crescimento da pesquisa clínica no Brasil. A avaliação é da DRS Group, organização brasileira especializada em serviços e logística para estudos clínicos, que vê no momento uma chance para o país se consolidar como hub estratégico do setor.
Segundo David Bueno, CEO da DRS Group, barreiras comerciais, embora representem desafios iniciais, podem favorecer países que oferecem segurança, custos competitivos e alta capacidade técnica. “O Brasil preenche todos esses requisitos. O que observamos é uma oportunidade clara para o país se consolidar como um hub preferencial para a pesquisa clínica na América Latina e no mundo”, afirma.
O mercado brasileiro já vive um período de expansão. Dados da Fortune Business Insights indicam que o setor deve atingir US$ 327,3 milhões em 2025 e chegar a US$ 443,5 milhões até 2032. O crescimento é impulsionado pela qualidade dos centros de pesquisa, diversidade populacional e avanços regulatórios da ANVISA, que agilizaram a aprovação de novos estudos.
Globalmente, as tarifas americanas têm impactado cadeias de suprimentos da indústria farmacêutica, encarecendo a importação de insumos e equipamentos. Para patrocinadores de estudos clínicos, como grandes farmacêuticas e biotechs, o cenário reforça a busca por países com ecossistemas estáveis e eficientes.
Logística e regulação como trunfos competitivos
A execução de estudos clínicos internacionais depende de logística e gestão regulatória precisas, que envolvem importação de medicamentos comparadores, transporte de amostras biológicas sob temperatura controlada e desembaraço de equipamentos. A DRS Group oferece uma gestão unificada da cadeia logística, cobrindo importação, exportação, armazenagem e transporte, o que reduz riscos e garante a integridade dos estudos.
“A oportunidade existe, mas não pode ser desperdiçada por gargalos operacionais. Os patrocinadores globais precisam de um parceiro que fale a língua deles e, ao mesmo tempo, domine o ambiente de negócios brasileiro. É essa ponte que empresas com o nosso perfil oferecem, transformando o potencial do país em projetos de sucesso, que no fim, aceleram o acesso de pacientes a tratamentos inovadores”, destaca Bueno.
O fortalecimento do Brasil como polo de pesquisa clínica promete não apenas atrair investimentos e gerar empregos qualificados, mas também proporcionar à população acesso antecipado às mais recentes inovações em tratamentos médicos.