terça-feira, novembro 12, 2024
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Internet of Medical Things (IoMT): conectividade sem fio na saúde

por Carlos Campos
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De acordo com a pesquisa State of IoT – Spring 2024, a IoT (Internet das
Coisas) é uma das três principais prioridades tecnológicas das empresas
atualmente. Isso porque muitas delas já entenderam os diversos benefícios e
possibilidades oferecidos pela tecnologia, como monitoramento em tempo real
de operações e informações, melhora na tomada de decisões com dados precisos
e atualizados, e otimização de recursos.

Mas há ainda muito espaço para seu desenvolvimento, principalmente quando
observamos o mercado de saúde brasileiro. Segundo dados da RBC Capital
Markets, 30% das informações geradas globalmente são provenientes da área da
saúde, com previsão de aumento anual de 36% até 2025. O setor de IoMT
(Internet das Coisas Médicas) deve registrar um crescimento de mais de 23%
até 2028.

Visto que somente 23% dos profissionais da área realizavam algum tipo de
monitoramento remoto dos pacientes em 2022, segundo informações do Congresso
Brasileiro de Informática em Saúde, fica claro o potencial de evolução e uso
da tecnologia por aqui.

A IoMT está transformando a saúde ao integrar dispositivos médicos e
aplicativos que se conectam às redes. Toda essa conectividade sem fio
permite avanços no monitoramento de pacientes, diagnósticos e tratamentos, e
melhora na eficiência e qualidade do atendimento prestado. Ou seja, ela está
possibilitando uma visão mais ampla e completa da saúde do paciente tanto
para os médicos quanto para eles mesmos.

Um dos principais benefícios da IoMT é o acompanhamento remoto por meio de
dispositivos como monitores de frequência cardíaca, medidores de glicose,
relógios inteligentes e sensores de pressão arterial, que podem enviar dados
automaticamente para os profissionais de saúde. Dessa forma, é possível ter
um acompanhamento contínuo de condições crônicas e até detecção precoce de
doenças, evitando complicações e hospitalizações desnecessárias.

Essa tecnologia também está revolucionando a gestão dos hospitais e
laboratórios, permitindo o monitoramento dos equipamentos, estoque de
medicamentos e localização de pacientes e funcionários. Com isso, há aumento
da eficiência operacional, redução de desperdícios e melhora na gestão de
recursos.

A conectividade celular IoT também facilita a integração de dados
relacionados à saúde de diferentes fontes, o que permite aos médicos ter uma
visão mais holística da condição geral dos pacientes. Isso também pode
ajudar a identificar padrões e tendências que alimentam as pesquisas médicas
e o desenvolvimento de novos tratamentos.

Superados os desafios relacionados à segurança e privacidade dos dados
coletados – obstáculos que, vale destacar, acompanham o desenvolvimento e
popularização da maior parte das novas tecnologias hoje em dia e devem ser
encarados com seriedade – acredito que a IoMT irá transformar o setor
significativamente, impulsionando sua eficiência e garantindo que os
cuidados sejam personalizados e verdadeiramente centrados no paciente.

Carlos Campos, vice-presidente de vendas para a América Latina da emnify
no Brasil.

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