Segundo o Oxford Business Group, o mercado de tecnologia para a saúde na América Latina deve alcançar R$ 27,8 bilhões em valor até 2026. Tais inovações vão além do atendimento ao paciente em clínicas, hospitais, laboratórios e operadoras de planos de saúde. Com a transformação digital dos negócios cada vez mais evidente, a Inteligência Artificial (IA) passou a ocupar um papel estratégico dentro das instituições de saúde, inclusive como solução concreta.
“O avanço da IA no setor se deve à capacidade da tecnologia de melhorar a segurança dos dados, reduzir custos operacionais e otimizar a gestão da jornada do paciente, especialmente em áreas críticas como triagem, faturamento e controle de exames”, explica Ícaro Marcelino, Head de Produtos e Especialista em IA, da SantoDigital, consultoria de negócios para tecnologia especializada em serviços de computação em nuvem.
Segundo o especialista, há algumas etapas que precisam ser implementadas para que a automação inteligente alcance seu pleno potencial e entregue todos os benefícios possíveis.
O primeiro passo, é entender se a empresa enfrenta algum dos desafios a seguir:
- Alto volume de documentos a serem processados manualmente;
- Gargalos operacionais devido à dependência de processos manuais;
- Altos custos de mão de obra associados ao processamento de documentos;
- Riscos de erros que afetam o faturamento e a conformidade.
Avaliado o cenário, a próxima etapa para seguir com a adoção da tecnologia é reconhecer e quantificar as dores operacionais e financeiras associadas ao processamento manual de documentos da companhia. Essa fase pode ser feita pela própria equipe interna de TI ou com o suporte do time especializado.
Ainda no período de implementação, uma ação que é essencial no processo é a gestão de sistemas legados, uma vez que a integração da ferramenta com os sistemas já existentes da empresa em questão é fundamental para o sucesso da transformação digital.
“Já a governança de dados também figura como um aspecto relevante para garantir a segurança, eficiência e conformidade com as regulamentações. A automação inteligente auxilia nesse processo, incorporando mecanismos que promovem a qualidade e a validação dos dados logo nas etapas iniciais de processamento”, explica Ícaro.
Finalizada a etapa de implantação da tecnologia realizada da maneira correta, é chegada a hora de contar com todos os impactos positivos que ela pode trazer para o negócio. São eles:
- Aumento da eficiência operacional: ao automatizar tarefas repetitivas e demoradas, como o processamento de guias médicas, é possível liberar os recursos para atividades mais estratégicas.
- Redução de custos: com a adoção dessa inovação, diminui-se os custos associados ao processamento manual de documentos, incluindo mão de obra, erros e retrabalho.
- Melhora da precisão: minimizar erros humanos e garantir a precisão dos dados, evitando perdas financeiras e problemas de conformidade.
- Escalabilidade: aumentar a capacidade de processamento sem a necessidade de aumentar a equipe, permitindo que a empresa cresça de forma sustentável.
- Governança de dados: implementar políticas de dados desde o início, garantindo a segurança, eficiência e conformidade com a LGPD.
“Essa inovação é especialmente valiosa para tech providers, isto é, empresas que fornecem soluções tecnológicas para o setor de saúde, como desenvolvedores de sistemas de prontuário eletrônico, telemedicina e startups de IA; e health providers, organizações que prestam atendimento médico, como hospitais, clínicas e empresas de cuidados em domicílio”, afirma.