A cadeia de saúde suplementar criou 125,9 mil postos de trabalhos formais entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior. Um aumento de 3,7%, de acordo com o “Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar”, boletim mensal do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com o avanço, o setor (que engloba os fornecedores de materiais, medicamentos e equipamentos; prestadores de serviços de saúde; operadoras e seguradoras de planos de saúde) já representa 8,2% dos 43,4 milhões de empregos formais no País. O que equivale a 3,5 milhões de empregos.
No mesmo período, o total de empregos com carteira assinada criados no Brasil avançou apenas 1,1%. O que equivale a geração de aproximadamente 450 mil novos postos de trabalho. “É notório que o setor de saúde suplementar tem sido um motor do crescimento do mercado de trabalho nacional”, comenta Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS. “Esse crescimento é ainda mais chamativo por acontecer em um momento em que a contratação de planos de saúde tem dados sinais positivos. É possível perceber que o setor está se preparando para o começo de um processo de recuperação de beneficiários”, completa.
Além da criação de postos de trabalho com carteira assinada, o levantamento do IESS indica que o fluxo de empregos no setor (a diferença entre contratação e demissão) quase dobrou em fevereiro desse ano quando comparado com o mesmo mês em 2018. Em fevereiro do último ano, o saldo líquido de empregos formais na cadeia da saúde suplementar foi de 6,4 mil. Já no mesmo mês de 2019, subiu para 12,4 mil.
Os prestadores de serviço respondem pela maior parcela deste saldo, 28,3% ou 8,9 mil novos colaboradores. O resultado representa um aumento de 70% em relação ao ano anterior, quando o subsetor registrava saldo de 5,2 mil contratações. O segmento de fornecedores, contudo, foi o que teve o maior implemento proporcional no saldo de trabalhadores. O avanço de 846 para 2,6 mil postos de saldo equivale a um crescimento de 207,9%.
O superintendente executivo do IESS reforça que a base de comparação é muito diferente para permitir uma comparação justa entre os setores. Contudo, o avanço registrado demonstra que não é um único ponto da cadeia de saúde suplementar que está se movimentando. “O setor está contratando como um todo e se preparando para oferecer atendimento com qualidade assistencial durante e após o processo de retomada de beneficiários de planos médico-hospitalares”, avalia Carneiro.